quinta-feira, 21/11/2024
FIES fez manifesto junto com a CNI

FIES diz em manifesto que o “Brasil está inerte”

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A Federação das Indústrias do Estado de Sergipe  (FIES) divulgou hoje, 29, um manifesto alertando que o Brasil está inerte e “não pode permanecer mais tempo parado”. A entidade diz que  os prejuízos são enormes, citou como exemplo os dados da Associação Brasileira de Laticínios, mas  não disse exatamente o quanto  esse prejuízo é em Sergipe.   E lamentou o fato de no país existirem, atualmente, 13,4 milhões de desempregados, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em outro ponto, a FIES critica o fato dos pacientes estarem no hospitais a espera insumos que não chegam devido a paralisação dos caminhoneiros, além de jovens e crianças fora das salas de aula. E alertou: “a comunicação está prestes a ficar comprometida, pois os geradores de energia trabalham a base de óleo diesel”.

Leia, agora, a íntegra do manifesto da FIES:

O Brasil está inerte. O clima é de preocupação com os rumos que a greve dos caminhoneiros tomou.  Após dias de diálogo, as exigências da categoria foram atendidas. Está na hora de deixarmos esse processo letárgico e voltarmos a produzir. O país não pode permanecer mais tempo parado.  É de suma importância, imediatamente, desbloquear as vias de transporte e proteger aqueles que querem trabalhar.

O prejuízo para a economia do país é gigantesco. Como exemplo, dados da  Associação Brasileira de Laticínios indicam que o prejuízo já chega a casa de R$  1 bilhão e o volume de leite descartado de 300 milhões de litros.  Em um país com 13,4 milhões  de pessoas desempregadas, segundo o IBGE, uma situação como a atual é impraticável.

Pacientes em hospitais à espera de insumos indispensáveis para a manutenção de suas vidas. Crianças e jovens fora das salas de aula. A comunicação está prestes a ficar comprometida, pois os geradores de energia trabalham a base de óleo diesel. E por aí vai. As perdas são indiscutíveis e dependerão de um esforço sobrecomum para que sejam repostas.

Em Sergipe, diversos municípios já diminuíram a oferta de serviços públicos, como transporte e educação, além do prejuízo inestimável ao nosso setor produtivo. Sem escoar o que é produzido, como gerar capital? A via rodoviária ainda é utilizada por 60% de nossas cargas, o que denota o impacto negativo desse momento em nossa economia.

Não cabem, no momento oportunismo e novas paralisações. É hora sim, de arregaçar as mangas e trabalhar para recuperar o tempo perdido. Cada um arcar com suas responsabilidades e buscar, antes de qualquer ação como essa, o diálogo, sempre. A prioridade agora deve ser o reabastecimento imediato e a discussão de mudanças estruturais como o papel da Petrobras, revisão tributária,  reavaliação da matriz de transporte e investimento em infraestrutura.

A Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES), em consonância com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), conclama as autoridades para uma solução imediata desta questão. É fundamental a participação de todos os entes públicos, dos três Poderes, para resolver esse impasse e fazer o país voltar a caminhar. É hora de deixar trabalhar quem quer trabalhar.

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