Os petroleiros sergipanos aderiram à greve de 72 horas convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e estão realizando atos de protestos na sede da Petrobras, na rua Acre, no Tecarmo, no bairro Aruana, e na unidade que fica no município de Carmópolis. Os petroleiros afirmam que o movimento é uma reação à política de preços dos combustíveis, de crítica à gestão na Petrobras e contra os valores cobrados no gás de cozinha e nos combustíveis.
A paralisação dos petroleiros ocorre três dias depois de o presidente Michel Temer e equipe negociarem um acordo com os caminhoneiros. Por mais de uma semana, os caminhoneiros pararam o país, provocando desabastecimento nos postos de gasolina, supermercados e prejuízos à economia.
Nas redes sociais, a FUP disse que greve ocorre em todo país, apesar do Tribunal Superior do Trabalho (TST) ter considerado o movimento ilegal. “Não vamos arregar para a Justiça do Trabalho”, disse o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, em vídeo distribuído pela entidade. “A greve está mantida”, garantiu.
O TST, ao tomar a decisão, disse que greve tem “natureza político-ideológica”. O pedido de análise foi da Advocacia-Geral da União (AGU), por entender que em meio ao quadro de desabastecimento provocado pela paralisação de caminhoneiros, a paralisação trará prejuízos gravíssimos à sociedade.
A ministra Maria de Assis Calsing afirmou que a greve seria abusiva e “realizada para incomodar”. Pela decisão, os sindicatos dos grevistas deverão pagar multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento e também estão impedidos de travar o trânsito de mercadorias e pessoas nas refinarias.
Pessoa errada – Na terça-feira, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, pediu apoio a deputados petistas a fim de evitar a greve. A informação foi divulgada à Piauí. Dois deputados confirmaram ter recebido ligações – Paulo Pimenta e Carlos Zarattini – que, obviamente, negaram a ajuda.
Pimenta disse que Marun “ligou para a pessoa errada”.