(*) Coronel Rocha
Não discuto pessoas, discuto ideias. Partindo desta premissa não discutirei sobre a pessoa do Bolsonaro.
E levando em consideração uma construção coletiva dos líderes Renova Br, onde para se construir um país melhor para os brasileiros devemos deixar de lado as divergências e nos concentrar nas convergências. O Renova Br congrega líderes de todas as ideologias políticas, de quase todos os partidos, partidos estes, todos com candidatos a presidente e/ou vice presidente nesta eleição de 2018.
Entre as diversas convergências amplamente discutidas durante a nossa formação do Renova Br, está a construção de um país mais seguro para todos os brasileiros. Com a minha experiência de 30 anos de policial militar, acredito ser o sistema criminal centrado na proteção do criminoso (e tudo que o envolve, incluído o senso comum sobre o tema), esquecendo-se da vítima. A vítima é, inexplicavelmente, a parte “ausente” do nosso sistema jurídico criminal.
Pois bem, o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro sofreu um atentado contra a sua vida, não se faz necessário detalhar este ocorrido, pois é de conhecimento público. Todas as teorias possíveis foram levantadas, por todos os lados envolvidos na campanha eleitoral, desde a mais ardilosa teoria da conspiração ao mais torpe dos factóides que alegam que o crime não ocorreu, pois não viram “sangue”.
Houve também quem instigasse a vingança, isso num ambiente já muito hostil.
Isto não pode ser considerado “normal”, nem em um momento de fake news, tendo em vista o nível de informações e instrução, que estes “conspiracionistas” possuem, sendo que mesmo assim alguns teimam em afirmar que nada ocorreu.
Não existe novidade alguma (infelizmente), num país onde ocorrem mais de 64 mil homicídios por ano, em uma pessoa ser esfaqueada em um evento com enorme aglomeração de pessoas. Isso ocorre quase todos os finais de semana nas mais diversas regiões do Brasil. A novidade é que agora aconteceu com um candidato a presidência da república.
Voltando a minha afirmação inicial e confirmando a minha “teoria” de que o sistema criminal protege o criminoso e não a vítima, muitos estão culpando Bolsonaro pelo atentado sofrido por ele. Ora, se assim o fosse, seria o mesmo que afirmar que a culpa pelos mais de 64 mil homicídios ocorridos em 2017 no Brasil foi dos que morreram. As vitimas destes homicídios pregavam a violência?
Clamo a todos por um momento de reflexão, para que possamos ter um pleito eleitoral norteado pela cultura de paz.
Bolsonaro não foi vitima do que ele prega, mas sim vítima do que combate!
[*] É candidato a deputado federal pelo Rede e é membro do Renova Br.
Fonte: JLPolítica