Em 2018, no período de janeiro a dezembro, o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou o atendimento a 6.693 vítimas de acidentes no trânsito, envolvendo carro, moto e atropelamento. Desse total, 1.737 usuários precisaram ficar internados em observação, procedimentos cirúrgicos ou realização de novos exames. Foram 5.245 vítimas de acidente motociclístico, 743 vítimas de acidente automobilístico e 705 vítimas de atropelamento. Foram registrados 13 óbitos durante esse período, sendo que a maior parte por acidentes motociclísticos que totalizou sete casos.
Diferente do ano de 2017, no mesmo período, foram registrados 6.853 casos envolvendo acidentes no trânsito. Desse total, 1.788 precisaram ficar internados para continuidade no tratamento. Foram 5.841 vítimas de acidente motociclístico, 784 vítimas de acidente automobilístico e 228 vítimas de atropelamento, além de 7 óbitos, sendo que cinco foram por acidentes motociclísticos. A redução foi de apenas 2,4% se comparados os anos citados.
A Área Verde Trauma continua recebendo pacientes vítimas de acidentes de trânsito, muitos são vítimas da imprudência e estão ligados a fatores como excesso de velocidade, falta do uso de equipamentos de segurança como capacete e cinto de segurança, além da ingestão de álcool. A permanência de uma paciente vítima de acidente no trânsito, dependendo da gravidade do trauma, representa um custo alto em assistência hospitalar, internação em leito de UTI, insumos, equipamentos, exames, entre outros fatores.
Sequelas – Em cerca de 30% desses casos, as sequelas existem e muitas vezes são definitivas, como a paraplegias, tetraplegias, deformidades ósseas e amputações. Nos outros 70%, as vítimas sofrem sequelas parciais, como restrições de movimentos e dores. O mecânico Josivaldo Alves, 55, é do município de Umbaúba e sofreu um acidente motociclístico depois de passar uma estrada de terra e derrapar. Ele disse que poderia ter sido pior e que graças ao primeiro atendimento recebido pelo Samu até a chegada no Huse, hoje ele passa bem.
“Eu quebrei a perna em dois lugares e fiquei dependente da minha família para me locomover. Já fui operado e vou iniciar a fisioterapia em breve para recuperar meus movimentos e minimizar as sequelas que podem ocasionar por causa desse acidente”, explicou o mecânico que já está em casa no aconchego da família.