O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Sergipe (ABIH-SE), Antônio Carlos Franco Sobrinho, disse hoje, 11, que “Sergipe precisa voltar a ser o país do forró, gerando emprego, renda e aquecendo a economia”. A crítica do empresário é porque o Estado tem ficado “para trás” no turismo, se comparado com outros do Nordeste. Ele revelou que, junto com a redução no número de passageiros, em torno de 13%, “a ocupação nos hotéis vem caindo assustadoramente”.
De acordo com Antônio Carlos Franco Sobrinho, “infelizmente, os baixos investimentos nos festejos juninos têm afetado a cadeia produtiva do turismo no estado. É preciso estabelecer um planejamento, uma união entre as secretarias de Turismo, um setor privado para montar um calendário com ações estratégicas”.
Ele sugere que em agosto deste ano, todos os personagens envolvidos na festa junina se reúnam e já comecem a trabalhar os festejos de 2020. O presidente da ABIH lamenta que Sergipe esteja nas últimas colocações da corrida, “com um evento sem planejamento e com pouca divulgação, muito diferente de destinos como Bahia e Alagoas”. Antônio Carlos acredita, no entanto, que é possível reverter esse quadro.
Embora estime que entre o dia 20 (quando será feriado de Corpus Christi) e o dia 30 de junho, a taxa de ocupação nos hotéis varie entre 85% a 90%, Antônio Carlos Franco alerta que, no mês, essa taxa é muito ruim e não chega a 40%.
Debate
Na segunda-feira, Antônio Carlos Franco Sobrinho participou do debate promovido pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania) intitulado “Os caminhos para o turismo sergipano”, no qual os órgãos do turismo, segundo o parlamentar, “foram entregues às negociações políticas”.
“A gente já sabe, é evidente, que Sergipe ficou para trás nos destinos turísticos nordestinos. Esse atraso produz um custo muito grave para a sociedade sergipana, pois a indústria do turismo emprega muito e mais rápido”, disse Alessandro.
O senador alertou para os problemas de gestão no setor e lembrou da recente denúncia referente à contratação de serviços feitos pela Secretaria Estadual de Turismo. “Quase R$ 24 milhões em consultorias de turismo que não geraram nenhum resultado para o Estado. Aí, nesse ponto, eu tenho sido muito duro na minha crítica. Dinheiro público merece respeito. É nosso dinheiro”, destacou.