A doença de Alzheimer ocorre em milhares de brasileiros, se manifesta inicialmente na forma de pequenos esquecimentos ou outras falhas mentais, e a degeneração do cérebro começa, em média, aos 50 anos. Essa degeneração cerebral com morte das células provoca a perda de habilidades intelectuais e sociais como cálculo, capacidade de trabalho, interação social, comportamento e personalidade.
Inicialmente, o ser humano esquece ações recentes e lembra-se nitidamente dos acontecimentos ocorridos há muitos anos. Com o passar do tempo, surgem problemas de grande impacto na execução de atividades do cotidiano, dificuldade em articular palavras, afetando a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem. Isso vai tornando a pessoa cada vez mais dependente da ajuda dos outros, inclusive nas rotinas básicas, como higiene pessoal e alimentação.
É considerada um tipo de demência irreversível que geralmente se manifesta em três fases:
– Inicial: pequenos esquecimentos para acontecimentos recentes;
– Moderada: dificuldade em articular palavras, problemas na execução de atividades diárias;
– Grave: alterações de comportamento e incapacidade de realizar as atividades de vida diária sozinho. Em muitos casos ocorre a perda de noção do tempo e da própria existência, desconhecendo a si mesmo e aos seus próximos.
Fatores de risco
– Idade – A doença de Alzheimer não faz parte do envelhecimento normal, mas seu risco aumenta depois dos 60 anos;
– Influência genética;
– Baixa escolaridade;
– Atinge mais as mulheres, talvez por elas viverem mais que os homens;
– Estilo de vida: beber em excesso, fumar, dieta rica em gordura, estresse, sedentarismo podem ser ruins para a saúde em geral e não é diferente com a saúde do cérebro.
Segundo o geriatra e gerontólogo Antônio Claudio Neves a alteração de humor ou depressão, recentemente, passou a ser fator de rico para doença de Alzheimer. Assim, é muito importante manter bom humor e, sendo necessário, buscar tratamento médico. Não se deve menosprezar distúrbio de humor com desânimo ou irritabilidade. O geriatra também esclarece que é importante tentar preservar a anatomia cerebral através dos cuidados com a vascularização cerebral, assim, ele afirma que é importante mantermos as paredes dos vasos integras e o sangue menos viscoso com boa hidratação, nutrição ou suplementação. Ainda, o médico informa que dificilmente teremos cura para a doença, pois ela é estabelecida por degeneração neurofibrilar com muito improvável possibilidade de reversão.
Entretanto, ele esclarece que a cada dia aumentam-se as chances de uma prevenção mais eficaz, citando que por ser um processo que envolve inflamação tecidual antes da fibrose, existem grandes possibilidades de se conseguir algum medicamento tipo anti-inflamatório que evite ou controle melhor a doença. Segundo ele, também é muito importante estarmos sempre tentando aprender ou criar algo novo, sendo a arte em todos os seus aspectos uma boa opção. Alguns estudos mostram que a adoção de hábitos como socialização, alimentação adequada, prática de atividade física e exercício do cérebro ajudam a evitar ou retardar, caso já diagnosticada, a doença.
Quando encontrar alguém com a doença de Alzheimer, lembre-se que essa pessoa já foi alguém muito produtivo e importante na vida de várias pessoas ou na sua. Por isso, ame, cuide e proteja aquele que um dia tanto fez. Assim, iremos ensinar com bons exemplos às futuras gerações e com solidariedade prevenir sofrimentos.
Fonte: Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos