O Ministério Público Estadual (MPE) desencadeou, hoje pela manhã, a terceira fase da Operação Metástase, para cumprir oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Aracaju e Nossa Senhora das Dores. O principal objetivo é aprofundar as investigações sobre um suposto grupo criminoso que atuava na gestão da Fundação Beneficente Hospital de Cirurgia.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPE, os levantamentos indicam que o ex-gestor do Hospital de Cirurgia utilizou-se de duas construtoras, registradas em nome de “laranjas” – sócios residentes no município de Nossa Senhora das Dores – com a finalidade de desvio de verba pública da saúde e utilizadas na compra de bens e enriquecimento ilícito do gestor à época. A investigação versa sobre crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O Gaeco não divulgou o nome do ex-gestor do Hospital de Cirurgia.
Junto com o Gaeco, participam da operação o Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar e Departamento de Combate ao Crime Tributário e Administração Pública (Deotap).
A primeira fase da Operação Metástase ocorreu em 24 de julho de 2018 em Aracaju e Nossa Senhora das Dores, quando então diretores da Fundação Beneficente foram detidos. Eles ganharam liberdade no dia seguinte após pagamento de fiança. Hoje, o hospital está sob a intervenção judicial de Márcia Guimarães, servidora da Secretaria de Estado da Saúde.
Já a segunda fase, ocorreu no dia 19 de dezembro de 2018, com o mesmo objetivo da primeira, e de hoje: apreender documentos.
O nome dado à operação, metástase é, na verdade um termo médico, definido como “um processo complexo que envolva a propagação de um tumor ou de um cancro às partes distantes do corpo de seu local original”.
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