O número de assaltos a ônibus em Aracaju caiu 82,99% este ano. O dado foi divulgado hoje, 23, pelo presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp), Alberto Almeida, durante entrevista coletiva na sala de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Chegar a esse patamar foi sacrificante. O divisor de águas para mudar as estratégias de segurança ocorreu em julho de 2016, com a morte do cobrador David Jonathan Barbosa, 26, assassinado com dois tiros dentro do coletivo da linha 080 – Bugio-Atalaia. Foi necessária uma revisão na maneira de policiar e investigar tais crimes.
“A redução dos assaltos é uma necessidade porque estamos preocupados com a qualidade para o nosso cliente no ônibus. Para o bem-estar, o sentimento de segurança é essencial para que ele tenha uma viagem tranquila”, explicou o diretor do Setransp Alberto Almeida.
Expressivo
De acordo com as estatísticas, foram registradas 1.628 ocorrências em 2016, contra os 991 casos em 2017, e 508 em 2018, caindo expressivamente para 277 de janeiro a novembro de 2019. Nesse mesmo mês, foram notificados 22 assaltos considerando os 116 no mesmo período em 2016.
Esse é o resultado de um trabalho integrado entre a Setransp e as forças da SSP. “A Setransp tem contribuído ao longo dos anos com o fornecimento de informações sobre os assaltos, de forma eficiente, tanto para Polícia Militar quanto para Polícia Civil diária que está investigando”, conta a delegada Nalile Bispo, coordenadora operacional das delegacias da capital.
Para reduzir ainda mais os índices, as forças de Segurança Pública reforçaram as estratégias de repressão ao crime por meio de patrulhamento ostensivo nos terminais de integração, abordagens dentro dos veículos e acompanhamento intensivo das imagens das câmeras de monitoramento dos ônibus. A tecnologia e a rapidez no fornecimento desses vídeos pelas empresas operadoras do transporte coletivo também são fundamentais para reforçar a segurança nos ônibus.
“É um trabalho integrado e esse trabalho faz o infrator pensar duas, três vezes antes de agir dentro do ônibus. Também temos feito apreensões de adolescentes, até do próprio passageiro que tem suspeita que eles vão agir naquele ônibus, liga 190 e esse ônibus é abordado no meio do trajeto”, conclui o coronel José Moura Neto, comandante do policiamento militar da capital.