A Defensoria Pública de Sergipe expediu uma recomendação à Prefeitura de Aracaju sugerindo o lockdown na capital pelo prazo mínimo de oito dias, com o objetivo de reduzir o número de contágios da covid-19. Dessa forma, reduziria o contágio e a ocupação de leitos nos hospitais, evitando o colapso na saúde. O último dado divulgado ontem à noite, pela Secretaria de Estado da Saúde, mostrou que há 2.032 pessoas infectadas e 37 mortas.
Na recomendação, a Defensoria Pública pleiteia a decretação do lockdown para endurecimento das medidas aplicadas para conter a covid-19 com fechamento de todo o comércio em Aracaju, salvo atividades essenciais; tornar obrigatória a permanência das pessoas em suas respectivas residências, através de medidas coercitivas que sejam amplamente divulgadas na imprensa, além de realizar frequentemente a fiscalização e aplicação de multa àqueles que saírem de casa sem a devida comprovação da necessidade; manutenção do fechamento das escolas, faculdades, universidades e demais instituições de ensino, particulares e da rede pública, assim como de museus, cinemas, teatros e demais atividades culturais e de lazer.
De acordo com o defensor público e diretor do Núcleo de Direitos Humanos, Sérgio Barreto Morais, está havendo um aumento substancial da taxa de ocupação de leitos hospitalares.
“Um estudo da Universidade Federal de Sergipe com a colaboração de outras universidades do país, aponta que a suspensão das medidas de distanciamento social foi precoce e, neste momento, passamos por um período de descontrole da epidemia em Sergipe. Além de um aumento de casos, o que era esperado, temos tido um grande aumento da taxa de ocupação de leitos nos hospitais, o que vem nos preocupando. Continuando as taxas atuais, em pouco mais de uma semana, a quase totalidade de leitos hospitalares, incluindo UTI, estarão ocupados”, apontou.
O lockdown já vem sendo decretado em algumas cidades dos estados do Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará.