O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, apresentou hoje o plano que prevê a flexibilização das atividades econômicas no Estado a partir do dia 15, mas frisou que caso ocorra alguma complicação até essa data, poderá haver alteração. A confirmação da data ocorrerá no dia 8, quando um novo decreto será editado. “Tudo depende não apenas do crescimento da curva de contaminação, mas, principalmente, com relação à ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e também dos leitos clínicos”, frisou.
A definição de uma data para o recomeço das atividades econômicas no Estado foi a pauta principal da reunião do Comitê Gestor de Retomada Econômica (Cogere) no Palácio de Despachos. Junto com secretários e empresários que compõem o comitê, foram discutidas as propostas e medidas para o desenvolvimento e recuperação da economia nesse momento de pandemia da covid-19.
A intenção de flexibilização não era mais novidade para ninguém, pois o governador já havia falado dessa possibilidade numa recente entrevista coletiva. Depois partiu para a parte prática, quando revogou o decreto que instituía o ponto facultativo às segundas-feiras nos órgãos públicos estaduais. Por enquanto, o governo mantém o ponto facultativo às sextas-feiras.
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Para definir a data de flexibilização, o governador afirmou que está amparado num estudo com critérios técnicos e científicos e pela ampliação dos novos leitos de UTI na rede hospitalar.
Expectativas e observações
O coordenador do Fórum Empresarial, Joaquim Ferreira, defendia o início da flexibilização a partir da próxima segunda-feira,8, mas disse ter ficado satisfeito com o planejamento apresentado pelo Governo do Estado. “O plano retrata a expectativa que nós tínhamos, congrega várias sugestões que haviam sido dadas pelas entidades. O governador foi muito sensível nesse aspecto e acatou várias das nossas proposições. Obviamente que tem um ponto ou outro que merece ser aprofundado, mas como o governador mesmo se pronunciou, até a próxima segunda-feira ele está aberto a receber novas sugestões”, pontuou
Já o presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado de Sergipe (Fecomes), Ronildo Almeida, que integra o Cogere, afirmou que fez algumas observações neste plano. “Estamos tentando a retomada da economia. Nós entendemos a grita do setor patronal, mas temos a preocupação com a vida que, para nós é muito mais importante que qualquer rendimento financeiro”, ressaltou.
Para Ronildo, “o governador apresentou-se sensível, inclusive, para propostas e, em cima dessas propostas, nós estamos tentando buscar alguma coisa que traga segurança, tranquilidade para a classe trabalhadora e, principalmente, a preservação da vida que é a coisa mais importante que temos. Isolando essa questão da economia, que nós entendemos ser importante, mas alerto: morto não tem emprego e desempregado arruma outro”.