Dia desses me revoltei e parei de escrever… fiquei me perguntando o porquê de exercitar a arte de pensar, de me debruçar sobre mim mesmo e sobre os assuntos que nos cercam, transformar o SUORPENSAR em palavras… em períodos… em parágrafos… em texto… em reflexão.
– Pra quê, doutor!? Nossa intelectualidade virou a lama de Mariana… e, em enxurrada frenética do tipo “lá vem o Brasil descendo a ladeira”, deixou de pensar o que o país precisa e passou a exercer o papel de “sempre mais do mesmo”, pedra cantada por Renato Russo ainda na década de 80.
Muitos ‘heróis’ intelectuais, que sobreviveram à ‘ditadura’, gozaram de direitos e salários (e ainda o gozam zam zam), tiveram passagem gratuita para países chiques da Europa, viraram ícones da voz dos mais sofridos (Luiz Gonzaga canta uma música bacana pra essa história: “que mentira, que lorota boa”).
Anos depois, o Brasil vive a pior das crises políticas, um tsulama de corrupção, escândalos e coisas que nem nome têm…mesmo assim… os únicos poetas e artistas outros que saem na ‘porrada’ com o que está aí são os adeptos do Bailão do Robyssão….
– Onde estão os nossos heróis? Onde estão as vozes que clamaram e lutaram por um país livre e dias melhores?
– Nem me pergunte.
-Por quê?
– Não sei responder.
– Ah, tá!
Olhe, cara, quer saber, vou dançar pagode. Não quero mais MPB. Pelo menos o Delcídio foi preso…
– Vamos dançar um reggae!!! Chama o Edson!!!