De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no terceiro trimestre de 2020, o país possuía um total de 14,1 milhões de pessoas desocupadas, o que significa uma taxa de 14,6% de desempregados.
Tal contingente equivale à população residente de uma cidade como Calcutá (14,9 milhões), na índia, ou algo um pouco maior do que a do estado norte-americano da Pensilvânia (12,8 milhões), bem como a de um país como o Zimbábue (14,4 milhões), na África.
Sim, é muita gente!
O menor patamar já alcançado por esse indicador, desde o início da série histórica, no ano de 2012, foi no quarto trimestre de 2013, quando 6 milhões de brasileiros procuravam por uma colocação no mercado de trabalho.
Nessa ocasião, um aumento de 2,1 milhões de postos na oferta de emprego e o Brasil poderia se considerar em uma situação de Pleno Emprego. Ou seja, a economia brasileira estava a menos de um Sergipe desse cenário.
Numa aproximação grosseira, nos dias atuais, para se alcançar esse mesmo estágio, o país necessitaria abrir um total de 10,2 milhões de novas vagas, algo levemente superior ao conjunto de habitantes de Pernambuco.
O maior número já registrado pela pesquisa foi no primeiro trimestre de 2017, quando 14,1 milhões de trabalhadores penavam em busca de ocupação.
Por sinal, no âmbito da PNAD, o período de menor número de prevalência de desocupados no âmbito da força de trabalho foi durante o governo da Presidenta Rousseff. Nessa época, o total de pessoas atingidas pelo desemprego ficava em torno de 7,5 milhões de pessoas por trimestre.
Durante o seu consulado, o Sr. Temer cultivou uma média de 12,7 milhões de desempregados, enquanto o atual mandatário, o Sr. Bolsonaro, carrega consigo um estoque trimestral médio de 12,9 milhões de trabalhadores desocupados.
Como vês, em menos de uma década, o Brasil conseguiu criar quase uma Noruega de desempregados!
(*) Emerson Sousa é Mestre em Economia e Doutor em Administração
** Esse texto é de responsabilidade exclusiva do autor. Não reflete, necessariamente, a opinião do Só Sergipe