O Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Sergipe (Sintese) vai mover uma ação contra do Governo do Estado por ter nivelado os vencimentos iniciais dos professores com formação em nível médio e superior (licenciatura plena e pós graduação) em R$ 2.135,64. No dia 24 de fevereiro, próxima quarta-feira, eles farão um ato, a partir das 8 horas, em frente ao Fórum Gumersindo Bessa, quando protocolarão a ação. Na segunda-feira, 22, o Sintese tem uma audiência no Palácio dos Despachos para discutir o piso 2016, passivos trabalhistas (relacionados aos anos de 2012 e 2015) e situação precária das escolas.
Sobre o nivelamento feito pelo governo, o Sintese explica que professores de nível médio que recebiam o piso de 2015 tiveram os valores atualizados para 2016, mas os educadores com formação em nível superior (licenciatura plena e pós-graduação) que tinham vencimentos iniciais menores que o valor do piso tiveram os valores nivelados pelo atual valor do piso (R$2.135,64)
Tal ação joga uma pá de cal na carreira do magistério, pois agora os educadores com formação em nível médio e superior (licenciatura plena e pós-graduação) terão os mesmos vencimentos iniciais. “O Sintese repudia essa política de desrespeito ao plano de carreira e consequentemente de desvalorização do magistério”, disse a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo.
Nivelar os vencimentos iniciais de profissionais com níveis de formação diferenciados é um desrespeito e uma profunda desvalorização. Vale lembrar que o Plano de Carreira do Magistério é um direito dos educadores conquistado na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e também na Lei do Piso (11.738/2008).
“Acionaremos a justiça contra mais esse calote que o governo Jackson Barreto quer aplicar no magistério da rede estadual. Não vamos aceitar que décadas de luta, suor, sangue e lágrimas no sentido dos professores do Estado de Sergipe terem uma carreira ser negado”, disse Ângela.
Greve nacional Os professores também decidiram aderir a greve convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação que acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de março. A greve tem como tema central “Não à perda de direitos dos trabalhadores da Educação” e terá como eixos: pelo cumprimento da lei do piso; contra a terceirização; contra a entrega das escolas às organizações sociais; contra o parcelamento de salários e contra a militarização das escolas públicas. Em Sergipe os professores aprovaram os seguintes encaminhamentos: dia 15, a perspectiva de uma fala apresentando um panorama da educação no Estado na Assembleia Legislativa (na Comissão de Educação); dia 16 uma caminhada pelas ruas de Aracaju (local de horário de concentração ainda a confirmar). Como no dia 17 de março é feriado em Aracaju, estão previstos atos públicos no interior do Estado (cidades e horários ainda a confirmar).