Conscientizar as pessoas sobre a importância de se preservar o manguezal. Esse foi o objetivo da terceira edição do projeto Jogando Limpo com o Mangue, promovido pelo Shopping Riomar, encerrada ontem pela manhã, com a coleta de resíduos sólidos jogados no mangue, na avenida Beira Mar, nas proximidades da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease). O evento faz parte da Semana Nacional do Meio Ambiente.
Cerca de 70 pessoas – entre universitários e estudantes de primeiro e segundo graus – recolheram a sujeira no mangue. O estudante Taimã Tenório da Silva, 12 anos, foi uma dessas crianças que, com luvas nas mãos, contribuiu para a melhoria do meio ambiente. Na escola em que estuda, em Serra do Machado, Taimã diz que já faz atividades para preservação do meio ambiente.
Ele integra um grupo de 13 crianças – do quarto ao oitavo ano – assistidas pela Fundação Pedro Paes Mendonça, que vieram para Aracaju participar do projeto Jogando Limpo com o Mangue.
O biólogo Camilo Silva, que trabalha na Fundação Pedro Paes Mendonça, era um dos responsáveis pelas crianças. Ele afirmou que a atividade de ontem foi um complemento. “Nós já fazemos esse trabalho na escola com as crianças e no dia 18 de junho alguns deles receberão o colete como fiscais do meio ambiente”, contou Camilo.
Lixo – A analista ambiental, Viviane Andrade Silva, destacou que atividade de coleta de lixo no mangue, ontem e lembrou que em 2014, primeira edição, foram retirados 25 quilos de resíduos do manguezal, sendo 55 quilos de resíduos recicláveis e 200 quilos não recicláveis.
Em 2015, foram coletados no mesmo local mais de uma tonelada de resíduos descartados de forma incorreta. Entre o lixo encontrado no mangue, os voluntários retiraram geladeiras, malas, sofás, capacetes, latas de tinta, caixas de ar condicionado, carrinho de supermercado, entre outros detritos.
Para Fabiano Mehmeri, coordenador de Projetos Sociais do Grupo JCPM, através da coleta simbólica realizada nas duas primeiras edições do Jogando Limpo com o Mangue, foi possível confirmar o crescimento dos riscos de morte do manguezal.
“A ação trouxe resultados negativos surpreendentes. A condição de vida da fauna num ambiente inóspito é altamente precária, e o aumento dos resíduos coletados entre as duas ações nos revela a urgência da conscientização por parte da sociedade sergipana”, alertou.
Assim como nas ações anteriores, o projeto conta com o apoio de diversos órgãos parceiros, entre eles: Emsurb; SEMA; CARE; Colônia de Pescadores Z-1; Instituto Bioterra; Corpo de Bombeiros; Polícia Ambiental; SEMARH e Projeto Mexa-se / SEJESP.