quinta-feira, 21/11/2024
Complexo deve gerar uma média de 1.500 empregos (diretos e indiretos) quando totalmente reativada Fotos: Ascom

Governo assina protocolo de intenções com Grupo Polimix para reativação da antiga fábrica de cimentos em N. S. do Socorro

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Assinatura aconteceu na Codise

Na manhã desta terça-feira (16), o Governo do Estado e a empresa IRO Industrial, integrante do Grupo Polimix, assinaram um protocolo de intenções, onde estão previstos investimentos de R$ 500 milhões (ao longo dos próximos 30 meses) que serão destinados à aquisição de ativos e à modernização total do parque industrial da antiga fábrica da Itaguassu Agro Industrial (Cimentos Nassau), que foi leiloada e arrematada pelo grupo Polimix no mês de julho.  A assinatura sinaliza a disponibilidade do Estado em auxiliar na reativação da unidade, por meio de incentivos fiscais vinculados ao Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), e auxílio em demais esferas do Governo.

Representaram o Governo, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia (Sedetec), José Augusto Carvalho e o superintendente executivo da pasta, Marcelo Menezes, além do diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), José Matos. Já o grupo empresarial se fez presente com os diretores da Polimix, Roberto de Oliveira e José Antero dos Santos, e a diretora da IRO Industrial, Marly Duarte Penna Lima Rodrigues.

O diretor José Antero dos Santos destacou que o projeto não é um desafio fácil, mas que, quando concretizado, trará resultados muito positivos para a empresa, e principalmente para Sergipe. “A planta é muito robusta e bem construída,  mas temos muito a recuperar. O corpo técnico que atuava nela, no passado, também era muito bem preparado. Então temos ótimas perspectivas com esse negócio e queremos transformar essa fábrica, após os investimentos na modernização total do parque industrial, em uma das mais modernas fábricas de cimento do país”, disse.

Planta está desativada há sete anos Foto: Paulo Alexandre

O secretário José Augusto Carvalho reforçou que está à disposição da empresa para auxiliar no que for necessário. “Seja no diálogo com outros entes do Governo, como também na busca pelo enquadramento da empresa ao PSDI”, frisou.

Já para o presidente da Codise, José Matos, “é muito importante que essa empresa retome sua atividade para gerar emprego e renda para os sergipanos. O grupo Polimix já está presente em Sergipe há mais de 20 anos, em uma relação respeitosa com o Estado, e gerando desenvolvimento na região de Pacatuba, onde há uma unidade já instalada”, comentou.

Próximos passos

Inicialmente, estima-se que após a conclusão dos trâmites judiciais, dos trabalhos para a revitalização e modernização da unidade fabril, a unidade gere um quantitativo mínimo de 250 empregos diretos e de, pelo menos, 1.250 empregos indiretos. Ainda durante o período de revitalização e modernização total espera-se que sejam gerados entre 1000 e 2000 empregos diretos. Além disso, a fábrica conta com uma capacidade de produção de 800 mil toneladas de cimento por ano que irão abastecer os mercados de estados como Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco.

“Chegamos a Sergipe em 2001 e fizemos um trabalho grande, na época, de treinamento daquelas pessoas da região de Pacatuba, Neópolis e Japoatã e auxiliamos no desenvolvimento do entorno da fábrica. Recentemente, investimos 40 milhões na modernização dessa planta e queremos continuar investindo em Sergipe, pois acreditamos no Estado e sempre somos tratados com respeito e profissionalismo por toda a gestão do Governo”, reforça o diretor Roberto de Oliveira.

Outros negócios

Os gestores do grupo Polimix informaram ainda o interesse em ter em Sergipe operações por cabotagem no Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB) e foram informados pelos membros do Governo sobre o grande volume de gás que o Estado terá em sua costa nos próximos anos, o que poderia ser o combustível para as plantas do grupo em Sergipe.

“Iremos marcar um encontro entre o grupo e a VLI, empresa que administra o Porto, para que eles já iniciem as conversas. No encontro de hoje tratamos também do uso do gás nessa planta, o que interessou os empresários que enxergaram mais uma boa oportunidade”, ressaltou Marcelo Menezes.

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