Na manhã desta terça-feira (16), o Governo do Estado e a empresa IRO Industrial, integrante do Grupo Polimix, assinaram um protocolo de intenções, onde estão previstos investimentos de R$ 500 milhões (ao longo dos próximos 30 meses) que serão destinados à aquisição de ativos e à modernização total do parque industrial da antiga fábrica da Itaguassu Agro Industrial (Cimentos Nassau), que foi leiloada e arrematada pelo grupo Polimix no mês de julho. A assinatura sinaliza a disponibilidade do Estado em auxiliar na reativação da unidade, por meio de incentivos fiscais vinculados ao Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), e auxílio em demais esferas do Governo.
Representaram o Governo, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia (Sedetec), José Augusto Carvalho e o superintendente executivo da pasta, Marcelo Menezes, além do diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), José Matos. Já o grupo empresarial se fez presente com os diretores da Polimix, Roberto de Oliveira e José Antero dos Santos, e a diretora da IRO Industrial, Marly Duarte Penna Lima Rodrigues.
O diretor José Antero dos Santos destacou que o projeto não é um desafio fácil, mas que, quando concretizado, trará resultados muito positivos para a empresa, e principalmente para Sergipe. “A planta é muito robusta e bem construída, mas temos muito a recuperar. O corpo técnico que atuava nela, no passado, também era muito bem preparado. Então temos ótimas perspectivas com esse negócio e queremos transformar essa fábrica, após os investimentos na modernização total do parque industrial, em uma das mais modernas fábricas de cimento do país”, disse.
O secretário José Augusto Carvalho reforçou que está à disposição da empresa para auxiliar no que for necessário. “Seja no diálogo com outros entes do Governo, como também na busca pelo enquadramento da empresa ao PSDI”, frisou.
Já para o presidente da Codise, José Matos, “é muito importante que essa empresa retome sua atividade para gerar emprego e renda para os sergipanos. O grupo Polimix já está presente em Sergipe há mais de 20 anos, em uma relação respeitosa com o Estado, e gerando desenvolvimento na região de Pacatuba, onde há uma unidade já instalada”, comentou.
Próximos passos
Inicialmente, estima-se que após a conclusão dos trâmites judiciais, dos trabalhos para a revitalização e modernização da unidade fabril, a unidade gere um quantitativo mínimo de 250 empregos diretos e de, pelo menos, 1.250 empregos indiretos. Ainda durante o período de revitalização e modernização total espera-se que sejam gerados entre 1000 e 2000 empregos diretos. Além disso, a fábrica conta com uma capacidade de produção de 800 mil toneladas de cimento por ano que irão abastecer os mercados de estados como Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco.
“Chegamos a Sergipe em 2001 e fizemos um trabalho grande, na época, de treinamento daquelas pessoas da região de Pacatuba, Neópolis e Japoatã e auxiliamos no desenvolvimento do entorno da fábrica. Recentemente, investimos 40 milhões na modernização dessa planta e queremos continuar investindo em Sergipe, pois acreditamos no Estado e sempre somos tratados com respeito e profissionalismo por toda a gestão do Governo”, reforça o diretor Roberto de Oliveira.
Outros negócios
Os gestores do grupo Polimix informaram ainda o interesse em ter em Sergipe operações por cabotagem no Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB) e foram informados pelos membros do Governo sobre o grande volume de gás que o Estado terá em sua costa nos próximos anos, o que poderia ser o combustível para as plantas do grupo em Sergipe.
“Iremos marcar um encontro entre o grupo e a VLI, empresa que administra o Porto, para que eles já iniciem as conversas. No encontro de hoje tratamos também do uso do gás nessa planta, o que interessou os empresários que enxergaram mais uma boa oportunidade”, ressaltou Marcelo Menezes.