O trabalho em home office, antes restrito a algumas áreas de atuação, se popularizou durante a pandemia da Covid-19, chegando inclusive à área da saúde com o advento das consultas online e da chamada telemedicina, ao longo do período de isolamento social. Entretanto, com a retomada da economia, a queda no número de vagas do tipo foi notada segundo um levantamento realizado entre os meses de outubro e novembro deste ano.
A pesquisa feita de 1º de outubro a 8 de novembro pela Cortex, empresa de inteligência de vendas B2B, mostrou que, das mais de 429 mil oportunidades abertas, mapeadas nos 15 principais portais de vagas do país, somente 39,3 mil citam o home office na descrição, o que corresponde a 9,16% do total.
O levantamento mostrou ainda que os setores de serviços (4.569) e Tecnologia da Informação (3.686) são os que tiveram maior número de vagas no modelo remoto, somando 8.255 oportunidades. Em seguida, estão os setores de varejo, com 1.745; financeiro, com 893; e indústria, com 643.
“A pesquisa identificou que mesmo neste cenário de queda na oferta de vagas, o setor de tecnologia é o que possui a maior adesão ao home office e é também uma forma de atrair profissionais em meio à dificuldade de contratação de mão de obra especializada”, pontuou Janaína Machado, gerente do Tiradentes Carreiras.
Em relação ao porte das empresas com vagas abertas para home office, o levantamento apontou que 55% são micro, 19% grande, 17% pequeno e 9% médio. Outro estudo, feito pela Gupy, mostra que do total de vagas publicadas na plataforma de recrutamento e seleção atualmente, 10,36% são remotas. Em 2021, eram 10,45% no mesmo período.
“Outros levantamentos também apontam o home office como o modelo de trabalho preferido entre muitos colaboradores. Sem falar que essa modalidade possibilita a busca por profissionais especializados por todo o país”, ressalta Janaína.