O projeto Montana HJ, de Hermínio José de Aguiar Menezes, proprietário da Fazenda Nova Redenção, de Malhada dos Bois (SE), avança rapidamente na seleção do gado Montana, após muitos estudos sobre o composto. O pecuarista conta com apoio da Associação Internacional de Criadores de Montana (AIC-MTN) para ter à disposição as principais tecnologias de seleção da raça. O resultado tem sido um sucesso.
“Três pilares foram decisivos para nos juntar à associação: seriedade, acurácia de dados e a genômica utilizada para atingir um nível extremamente elevado de qualidade genética do rebanho. Ficou bem claro que, com a parceria, poderíamos alcançar grandes feitos, tornando nosso gado mais competitivo e totalmente adaptado às condições de clima do Sergipe, por meio da adoção de tecnologias na seleção”, diz o produtor.
A genômica é uma metodologia auxiliar que contribui para a adição de acurácia à análise genética ao corrigir eventuais erros de pedigree e adicionar uma nova fonte de informação – os dados dos marcadores moleculares. São mais de 50 mil marcadores, sendo que cada um tem sua contribuição. A adição do genótipo dos animais à avaliação genética tradicional pode dobrar a acurácia da análise, fundamental para a seleção de animais jovens e sem filhos avaliados. Geneticamente, cada animal pode ter potencial maior ou menor do que os outros para transmitir genes para sua descendência, é importante conhecer esses genes e seu potencial de transmissão para acelerar o progresso genético.
“Entendemos que poderíamos obter acurácia elevada e velocidade de ganho com o uso dos serviços oferecidos pela associação. A assessoria de grandes geneticistas da entidade também proporciona maior confiabilidade das informações geradas de cada animal, tornando mais assertiva nossa tomada de decisão”, ressalta Hermínio.
A Fazenda Nova Redenção tem área de 300 hectares e rebanho total de 400 animais – incluindo, além do Montana, animais Nelore e Girolando, este parte do projeto de pecuária leiteira do criatório. A propriedade iniciou seus trabalhos na pecuária em 1987.
“Tudo começou com meu bisavô. Temos muita satisfação em idealizar um novo projeto pecuário, com uma raça muito promissora, principalmente pela qualidade genética e expectativas que a cercam. Somos muito gratos às pessoas que nos ajudaram a colocar isso em prática, como a Gabriela Giacomini, superintendente técnica da AIC-MTN, e os especialistas da entidade”, completa o pecuarista.
Para Hermínio, a união dos pecuaristas, a base de dados da associação, os serviços prestados por geneticistas de renome, a possibilidade de conhecer o valor genético de seu rebanho, o acesso às tecnologias empregadas e a troca de experiências e informações com outros associados representam os principais motivos para o projeto estar de pé e fazer parte da “Família Montana”.
“O Montana HJ veio para fortalecer ainda mais a associação e contribuir com a disseminação da genética dos animais da raça. A associação trabalha para melhorar cada vez mais a seleção do gado do criatório, buscando sempre o melhoramento contínuo para contribuir com o sucesso da pecuária nacional”, diz Gabriela Giacomini.