Os resultados da pesquisa trimestral do leite divulgados na quarta-feira, 15, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dão conta de que com 105,505 milhões de litros de leite adquiridos no quarto trimestre, Sergipe mantém-se no décimo lugar no ranking nacional, em relação à aquisição e industrialização de leite cru e o segundo do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia, com 133,480 milhões de litros.
Com este resultado, Sergipe alcançou um aumento de 8,5 milhões de litros em relação ao terceiro trimestre de 2022 e 26,1% na comparação ao quarto trimestre de 2021. Isso representa uma diferença de mais de 22,4 milhões de litros de leite. Os dados levam em consideração o leite captado nos laticínios que atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.
O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva, vê com orgulho os resultados do beneficiamento do leite em Sergipe e aponta possibilidade de crescimento ainda maior este ano, com a chegada de mais um laticínio. “ Esse resultado confirma o potencial da iniciativa privada com investimento nas agroindústrias de leite, disponibilidade de crédito pelos agentes financeiros, como também pelo importante investimento em tecnologia por parte dos produtores que buscam cada vez mais a profissionalização em seus empreendimentos, além dos investimentos realizados pelo Governo de Sergipe. Nossa perspectiva é de que, com a chegada do laticínio Damare, o crescimento na aquisição do leite seja ainda maior agora em 2023”.
Sergipe cresceu no comparativo anual
Em âmbito nacional, os laticínios captaram 23,85 bilhões de litros em 2022. Isso representa uma queda de 5% frente a 2021. É a segunda queda consecutiva após o recorde observado em 2020. O IBGE ressalta que 19 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite apresentaram retração do volume captada, sendo que as quedas mais intensas foram Minas Gerais (-353,18 milhões de litros), Goiás (-274,17 milhões de litros), Rio Grande do Sul (-209,45 milhões de litros), São Paulo (-163,42 milhões de litros) e Paraná (-84,98 milhões de litros). Por outro lado, Sergipe teve o aumento mais expressivo na comparação entre 2021 e 2022, com mais 78,28 milhões de litros.
O ano de 2022 foi marcado pelo alto custo de produção e por secas no Sul do Brasil, ocasionadas pelo fenômeno La Niña. A restrição da oferta de leite levou a cotações recordes no terceiro trimestre e ao aumento das importações para atender às indústrias. Esses fatores, combinados à demanda incipiente dos consumidores pelos derivados lácteos, contribuíram para a queda nacional da captação de leite no comparativo anual.