domingo, 17/11/2024
Farinha: produto tipo exportação Fotos: Erick Ohara

Primeira remessa de farinha sergipana é exportada para os Estados Unidos nesta terça-feira, 25

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Presente na mesa dos sergipanos quase que diariamente, a farinha de mandioca foi exportada para os Estados Unidos. A primeira remessa deste produto, que é genuinamente brasileiro, foi embarcada na terça-feira, 25, para o estado da Califórnia. O dirigente da Cooperativa de Farinha de Mandioca (Coofama), Luiz Carlos, explicou que o processo de exportação partiu de iniciativa do Sebrae através de um projeto-piloto. “O Sebrae é nosso parceiro desde o início, fez uma prospecção de empresas que já estão prontas para fazer esse serviço e nos fez esse convite e aceitamos”, disse.

Nesta primeira remessa, serão 310 kg de farinha que irão complementar a alimentação dos americanos. “Não fizemos nenhuma alteração na embalagem, acrescentamos apenas uma etiqueta com a tradução das informações nutricionais necessárias”, informou. A farinha sergipana irá para a Califórnia e será vendida através de uma loja virtual no site da Amazon americana. Além disso, foi preciso também ter o reconhecimento do selo da Federal Drug Administration (FDA), órgão governamental dos Estados Unidos, que faz o controle dos alimentos.

casa de farinha
Casa de farinha em Campo do Brito

Centenas de casas de farinha atuam na região de Campo do Brito, destas 22 são cooperadas. “A farinha é produzida diariamente porque atendemos todo mercado sergipano e fora do estado como Salvador, algumas áreas de Alagoas e São Paulo. Fazer farinha para a gente é tão natural quanto acordar”, afirmou. De acordo com Luiz Carlos, para os sergipanos e produtores rurais da cooperativa, é muito gratificante ter o produto exportado para os Estados Unidos. “No final das contas, percebemos que todo nosso trabalho, que é árduo e pesado, está dando certo e isso é muito bom!”, orgulhou-se.

Dono de uma casa de farinha há 15 anos, Marcos Santana, aprendeu o ofício com seu avô. “A gente recebe a mandioca, lava, depois a gente raspa, descasca, depois a gente rala, ficando uma massa úmida. Depois a gente prensa, peneira e por fim, a gente torra”, explicou o processo completando que dependendo do gosto do cliente a farinha fica fina, média e grossa.

Outros produtos

Na região de Campo do Brito, além da farinha, que é o carro-chefe, produz-se também a macaxeira e tapioca a vácuo, que chega pronta para consumo na casa do consumidor. Além disso, de acordo com Luiz Carlos, algumas cooperadas produzem doces e salgados que tem como base a macaxeira, que são vendidos por encomenda. “Os nossos produtos são de excelente qualidade e estão presentes em todas as redes de supermercados espalhados por nosso estado. Nenhum deles tem conservantes”, fez questão de destacar.

 

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