Marcus Éverson Santos (*)
Quando a mente é posta em dissonância cognitiva, é comum que ela busque maneiras de desarmar a arapuca que armou para si mesma com desculpas esfarrapadas ou argumentações vazias. O psicólogo americano Leon Festinger em seu livro Theory of Cognitive Dissonance (Teoria da Dissonância Cognitiva) explica esse fenômeno mostrando que, quando a mente encontra-se em dissonância e é levada a fazer escolhas tais como: consumir ou não bebida alcoólica; sabendo que o álcool pode causar dependência e dano à saúde, ao mesmo tempo em que oferecer prazer e descontração para quem aprecia, nesse exemplo em particular, ela tende a encontrar uma desculpa para resolver a contradição; digamos que certo individuo tenha feito a escolha de continuar bebendo e diz para si: – “conheço muita gente que nunca bebeu e vive doente”; com esse tipo de justificativa, a mente pode avaliar que não há nenhum problema em continuar bebendo. Esse tipo de justificativa que a mente oferece para si mesma é o que Festinger chamava de “consonância”, em linguagem popular significa a boa e velha “desculpa esfarrapada” para fugir de uma contradição.
Exposta a todo tipo de solução esdrúxula, a mente tende a aliviar seu descompasso cognitivo com explicações nem sempre lógicas ou racionais. Festinger propõe que a dissonância cognitiva é um desconforto psicológico causado por uma tentativa de reduzir a existência de relações cognitivas discordantes. Frente a qualquer opinião ou convicção é comum nos depararmos com contradições por vezes insolúveis; per se a dissonância cognitiva acaba servindo como uma condição antecedente de nossa mente que nos provoca a buscar a redução do desconforto por meio de pretextos. Arranjamos todo tipo de desculpa para escapar da dissonância, e é exatamente nesse momento que a mente fica exposta a agarra-se às mais perniciosas e tentadoras armadilhas politicas e ideológicas.
Para exemplificar a ação desse tipo de armadilha existem milhares de casos. Em 1979 uma seita de orientação socialista fundada por Jim Jones levou 918 pessoas à morte em Jonestown na Guiana Francesa. Postas em uma espécie de “arapuca cognitiva” centenas de pessoas foram instadas a cometerem suicídio coletivo. Um verdadeiro pandemônio tomou conta da comunidade de Jonestown.
Antes de a tragédia ter acontecido, em meados do ano de 1977, Jim Jones (o líder da seita) havia levado centenas de seus seguidores para uma comunidade em que o único contato com o mundo externo era um rádio de ondas curtas. No lugar escolhido para a comunidade tinha uma escola, pequenos bangalôs, um pavilhão central e espaços para o cultivo de hortas e legumes. Tudo foi preparado para ser uma espécie de “paraíso terrestre” onde seus membros deveriam estar longe das maldades e ameaças do mundo. A ideia de se constituir um “paraíso terrestre”, tipo especial de platô cognitivo, logo se desfez quando se descobriu que o líder da seita mantinha seus seguidores sob um regime ditatorial com punições físicas e psicológicas. Frente a tal terror psicológico, os seguidores jamais se atreviam fugir do “Jardim do Éden Socialista”; temiam ter que voltar à situação desconfortável de dissonância e, como pretexto, decidiram se submeter ao sofrimento imposto pelo líder desde que estivessem a salvos de uma iminente catástrofe.
Sim, líderes de seitas políticas e religiosas necessitam manter seu séquito em constante medo contra supostas ameaças, forças do mal ou catástrofes. A criação de uma espécie de “Jardim do Éden” funciona como termostato cognitivo (forma de diminuir a temperatura) cuidadosamente elaborado para impedir que os envolvidos jamais saiam dos limites estabelecidos pelo líder da seita.
A lavagem cerebral feita por Jim Jones tinha método: no momento certo, os participantes foram instados a acreditar que havia uma conspiração contra a comunidade, e, a partir disso, a orientação diária era de que todos precisavam se preparar para um “suicídio coletivo revolucionário”. Sob esse tipo de tensão cognitiva Jim Jones mantinha seus seguidores com discursos confusos, mesclando aspectos do cristianismo pentecostal aos princípios da doutrina socialista. Sem oferecer tempo para a mente dissonante pensar, ele partia de interpretações esdruxulas das sagradas escrituras atribuindo a Cristo o papel de fundador do Comunismo.
Para sacramentar essa visão distorcida da realidade, depois de sua viagem à Havana nos primeiros meses de 1960, o líder da seita passou a falar com muito entusiasmo sobre seu encontro com Fidel Castro. Esse fato, em conjunto com tantos outros, nos revela como as doutrinas salvacionistas, sob a promessa premente do paraíso, seja ele social (socialismo) ou espiritual, costumam colocar seus seguidores em dissonância cognitiva para, em seguida, oferece-lhes uma “solução final”.
A capacidade de mudança radical na percepção engendrada por líderes de seitas são mais comuns do que possamos imaginar. Situações de transe coletivo e de fanatismo ideológico tal como o que ocorreu em Jonestown são corriqueiros na história de grandes sociedades modernas. A esperança revolucionária em uma nova ordem de coisas, contra as quais a antiga deve ceder espaço, isto é, a dicotomia entre o bem e o mal, nos revela o comportamento típico dos que são manipulados por algum tipo de fé revolucionária. Posta a escolher entre uma catástrofe iminente e o nascimento de um suposto mundo melhor, a mente necessita encontrar uma desculpa para apascentar a tensão gerada pela dissonância, e é justamente nesse movimento de apascentamento que o risco se faz presente.
A exploração do sistema de crenças das pessoas e de seus medos mais recônditos, o emprego de gatilhos emocionais específicos postos em situações de escolhas difíceis é a matéria prima para que lideres de seitas construam sua arapuca. Esse tipo de armadilha cognitiva continua a fazer vítimas em toda parte do mundo. Tomadas pelo fanatismo, as massas costumam ficar à espera de uma solução final para seus medos ostensivamente aviltados pelo líder. Ávidas por uma solução revolucionária final, as massas acabam cedendo ao estupor dos símbolos, imagens, discursos e gestos que reforçam o sentimento de pertencimento ao seu grupo político-religioso.
Entre os sobreviventes de Jonestown os relatos dão conta de que a comunidade inteira estava em “estado de transe coletivo”. Embora mudando os conteúdos, as imagens e os símbolos do culto religioso-político, seus participantes comportam-se quase sempre da mesma maneira. O perfil do fanático é o mesmo de quem não mais responde às suas próprias percepções, mas, somente àquelas que foram inoculadas pelo líder da seita. Diante de impressões deturpadas do mundo e, tendo que enfrentar o medo e a insegurança, a mente pode sucumbir em seu próprio labirinto.
Para não ter que lidar com suas fragilidades e medos, os fanáticos acabam aderindo facilmente a convicções fabricadas pelo líder da seita. Com medo fazemos coisas que em situações normais jamais faríamos. No século passado, por exemplo, o mundo viveu sob o medo de uma catástrofe nuclear ao tempo da Guerra Fria; os riscos de uma catástrofe nuclear eram de fato reais, a intensidade do medo que isso causava nas pessoas não podia ser ignorada; ter medo é algo perfeitamente normal. O problema não é propriamente o sentir medo, mas sim estar sob o efeito de sua exacerbação.
Líderes de seitas sabem manejar muito bem os medos e angustias de seus seguidores. O próprio Jim Jones também foi vítima de sua dissonância cognitiva. Conta-se que ele teria entrado em dissonância em 1962 enquanto folheava uma revista que confirmava um de seus pesadelos. No artigo da revista estava intitulado o seguinte: “Nove lugares para se esconder”. Seguia dizendo assim: “Se você realmente deseja estar a salvo da destruição atômica aqui está o guia de sobrevivência”. Talvez esse tenha sido o principal gatilho de Jones antes de decidir afastar-se do mundo para criar sua própria comunidade autossustentável longe da catástrofe iminente. Não sabemos ao certo, mas, tudo leva a crer que, entre o medo da morte iminente e agarrar-se a uma dentre as nove chances para escapar do apocalipse, a mente de Jones avaliou a segunda possibilidade como viável e consonante.
Unindo tudo que dissemos até agora chegamos ao receituário dos engenheiros do caos. Os pontos fortes de sua cartilha são: coloque seus seguidores em situação dicotômica; construa um inimigo potencial a ser combatido; reúna-os em torno de uma causa ou visão de mundo que lhes pareça consonante; provoque o histrionismo; anuncie uma iminente catástrofe; não ofereça tempo para que façam perguntas; ofereça-lhes uma solução final para combater as forças de um mal iminente. Com esse receituário em mãos, a mente tenderá a fazer adesão incondicional e apaixonada por qualquer coisa que alivie seus medos e sua confusão cognitiva.
Líderes de seitas aproveitam-se da confusão mental de seus seguidores para instalar o caos. Jim Jones estava convencido da necessidade de fugir com os fiéis para um abrigo que lhes desse refugio à guerra nuclear iminente e das supostas ditaduras que iriam, segundo ele, instalar-se mundo afora. Embora o refúgio preparado para o apocalipse nuclear de Jones tivesse sido apresentado aos seus seguidores como melhor alternativa, qualquer lampejo de autoconsciência ou senso de realidade revelaria que, na prática, a comunidade mais lembrava um campo de concentração. Na comunidade de Jones os seguidores eram levados a realizar trabalho escravo, muitos ficavam em cárcere privado; no “paraíso socialista” prometido por Jones havia racionamento de comida e sessões de tortura física e psicológica. Aqueles que desobedeciam às ordens dele eram submetidos a espancamentos, estupros corretivos e suturas sem anestesia. Resultado: quase mil pessoas morreram depois de tomar cianeto mesclado a um ponche de frutas em 1978.
O caso Jim Jones pode ser explicado assim: quando entrou em estado de dissonância cognitiva ele buscou a consonância em seu “paraíso terrestre”, mas, quando se deu conta que havia a possibilidade de sua comunidade ser invadida e destruída por supostos inimigos, não viu outra solução que não fosse o “suicídio revolucionário”. Relata-se que estando no pavilhão central, ainda enquanto celebrava seu último culto macabro, Jim Jones teria dito aos seguidores: “Eles (os supostos inimigos) vão torturar nossas crianças aqui. Eles vão torturar nosso povo. Eles vão torturar nossos idosos”. Depois de insuflar as mentes dissonantes de seus seguidores, Jones teria solicitado às enfermeiras da seita (estas também sob o efeito do furor coletivo), para que preparassem os medicamentos para o catastrófico final.
Tomados pelo estupor coletivo, o suicídio foi encarado como “redenção revolucionária” entre os que participavam da seita; bebês, crianças e adolescentes morreram primeiro envenenados pelos pais. Os idosos foram executados pelas enfermeiras; animais de estimação foram sacrificados. Antes de cometer suicídio Jim Jones ainda teria dito:
“Não se entreguem às lágrimas e à agonia. A morte é apenas uma viagem para outro plano. Estamos cometendo este ato de suicídio revolucionário em protesto contra um mundo desumano.”
Quando o líder atirou contra a própria cabeça já não havia mais nenhum discípulo vivo no local. Entre os mortos estavam sua esposa e dois de seus filhos adotivos. Um exame do comportamento fanático exposto nesse caso nos mostra que, independente da classe social ou formação intelectual, todos estamos expostos a cair nesse tipo de arapuca cognitiva. O comportamento histriônico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema é uma condição psicológica que pode acometer qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos em uma determinada sociedade.
Em geral esse tipo de comportamento encontra-se associado a motivações diversas dentre as quais aquelas de natureza política e religiosa. No geral, a forma do comportamento fanático é perfeitamente percebível em suas ações. Tal como já alertava Gustave Le Bon em seu livro “Psicologia das Multidões” publicado em 1895, sobre a ação inconsciente e impulsiva das multidões, as únicas e importantes mudanças que ocorreram no tecido social, marcadas por grandes revoluções, aconteceram sutilmente primeiramente nos sentimentos, nas opiniões, nas concepções e crenças dos homens. A história das Revoluções, segundo Le Bon confunde-se com a força cega e fanática das multidões. Quando a disposição dissonante da mente encontra uma ideologia ou visão de mundo que julgue ser a única universalmente aceita, não haverá mais nada a ser feito que a impeça de sucumbir a decisões drásticas.
Tal como nas condições que foram encontradas a comunidade de Jones, sociedades inteiras podem sucumbir a religiões politicas totalitárias. O século XX assistiu ao surgimento de seitas políticas tais como o Fascismo, o Comunismo e o Nazismo. Em tais seitas, a destruição da cognição individual acaba sendo empregada em larga escala. Esse tipo de destruição cognitiva do individuo frente à imposição de um poder totalitário estatal é o que nos revela o livro A psicologia do Totalitarismo (The Psychology of Totalitarianism) de Mathias Desment. Promessas como autonomia, liberdade, igualdade e fraternidade para todos antecederam movimentos revolucionário desde o século XVIII. A religião revolucionária que se ergueu na França teve o custo de milhares de cabeças cortadas.
Às vésperas de catástrofes coletivas, os lideres costumam esbravejar palavras de otimismo e esperança; entorpecidas pela expectativa de um mundo melhor, as massas levam algum tempo até perceberem que as portas do inferno estão finalmente abertas. O desaparecimento da capacidade de cognição individual e a reorientação dos sentimentos para uma única solução final tem sido invariavelmente a principal tática dos engenheiros do caos.
Quando o culto internacional socialista entrou em crise mundo afora, seus principais líderes intelectuais precisavam continuar seu trabalho salvacionista contra o status da sociedade burguesa; no lugar do movimento armado outra arma, também poderosa, começou a ser preparada: “a guerra cultural”. Com a guerra cultural, os meios para sua consecução deixaram de ser “convencionais” e se tornaram “não convencionais”; o objetivo é que o inimigo nunca se dê conta que está sob ataque. O líder da seita o filósofo marxista António Gramsci, enquanto meditava na prisão as derrotas do Movimento Comunista Internacional, registrou no Caderno 19 de suas Memórias do Cárcere o seguinte:
“Como, sob um determinado invólucro político, necessariamente se modificam as relações sociais fundamentais e novas forças políticas efetivas surgem e se desenvolvem, as quais influenciam indiretamente, com pressão lenta, mas incoercível, as forças oficiais, que, elas próprias, se modificam sem se dar conta, ou quase.”
Gramsci, António – Cadernos do Cárcere – 19 (Q15, §56; CC, v5, p. 328).
Aplicando o expediente de uma guerra cultural, a seita política gramscista propunha envolver seu séquito em uma revolução socialista lenta e gradualmente. Os seguidores da seita política de Gramsci, tomados por uma visão de mundo comunista – análoga à comunidade de Jim Jones – deveriam lutar contra as forças maléficas do Imperialismo Liberal do “Tio Sam”. Na cosmovisão da seita gramscista, enquanto as “forças maléficas” da sociedade capitalista estiverem pé devem ser encaradas como uma ameaça ao projeto comunitário socialista; todos os sentimentos de seus seguidores passam a ser orientados para que se cumpram as promessas futuras do paraíso comunista.
A técnica da organicidade política e ideológica da seita gramscista fincou raízes profundas aqui no Brasil. Seus seguidores são úteis aos pretextos políticos e ideológicos que concorrem para apascentar a dissonância de “Nós”(comunistas pela paz internacional) contra “Eles” (capitalistas malvadões). Em toda parte e, sobretudo, nas instituições de produção e reprodução cultural tais como as nossas escolas e universidades, os seguidores dessa seita marcam presença cativa. Os chamados “intelectuais orgânicos” de hoje, “sem se dar conta”, são os mesmos de ontem. O protozoário ideológico da seita gramscista inoculado ao longo de décadas, agora está bem crescidinho e já ocupa praticamente todo o sistema límbico da intelectualidade brasileira.
Se analisarmos o comportamento do fanatismo político-ideológico, veremos o quão se assemelha ao religioso. No conforto coletivo de sua seita os fanáticos esforçam-se para que seu grito de fervor seja o mais alto. Comumente mostram-se dispostos a qualquer sacrifício nem que lhes custe, por vezes, à própria vida.
Diante de pessoas com esse tipo de comportamento fanático não há como estabelecer um diálogo saudável. Costumam agir com agressividade, dificuldade de escuta, expressões de ódio e preconceito. A tendência natural é que tratem o diferente como inimigo. Gritam aos quatro cantos a importância da igualdade, mas, em seu íntimo, isso só tem validade entre os que fazem parte do seu séquito de seguidores. É mais fácil para fanático mudar o foco do seu fanatismo do que passar a adotar um comportamento tolerante contra aqueles que consideram como inimigos.
Um dos fatores neuroquímicos ligados aos comportamentos fanáticos está ligado à presença de dopamina, um neurotransmissor intimamente vinculado à forma como manifestamos nossas emoções e que é ativado quando o organismo obtém uma sensação de prazer. Sua ativação é proporcionalmente mais potente quanto mais inesperada for a recompensa; o cérebro rapidamente se acostuma a essas recompensas neurológicas. O impulso que nos leva a apascentar as tensões dicotômicas não deixa de ser também um impulso neuroquímico.
O fanatismo é uma resposta à insegurança e ao medo. Aproveitando-se do medo e da incerteza de seus seguidores, líderes de seitas políticas e religiosas são habilidosos construtores do caos. O domínio dessa engenharia neuroquímica e comportamental são arapucas prontas para implantar qualquer agenda política e ideológica salvacionista. Tal como teoriza Leon Festinger, nossa mente tende a arranjar desculpas quando exposta a contradições. Frente ao gigantesco repertório de desculpas esfarrapadas que um líder de seita é capaz de arranjar para atrair e arregimentar seguidores para sua arapuca, nem sempre estamos preparados para escapar. Do socialismo cristão de Jim Jones passando pela comunidade orgânico-política de António Gramsci, líderes de seitas são como lobos uivando à espera de mais uma vítima desavisada: você!
Muito bom! Mais uma vez o professor demonstra sua inclinação polímata e sua capacidade de conectar seus conhecimentos nas mais diversas áreas. Muito bom vê-lo, desta vez, fazendo pontes entre a psicologia, a história, sociologia e ciência política em associações coerentes e muito bem fundamentadas. Excelente artigo!
Gostei muito do levantamento histórico que o Prof Marcus fez, sobre este “poder” que algumas pessoas ou grupo tem, que de forma negativa, encaminham pessoas desavisadas ou mesmo doutrinadas, para o caos mental. Aliás “usam” o caos mental das massas para um interesse desumano.
Artigo de suma importância para as pessoas que ficam presas em pensamentos ruminantes, sobrevivem escravizados pelo julgamento de um “Grande Outro” e se acomodam na possibilidade de não assumir a responsabilidade pela condução de sua vida favorecendo a formação de um terreno fértil para os falsos ídolos que armam suas arapucas em nome de uma bela ilusão. Parabéns, Professor!
Um belo texto sobre responsabilidade e condução da vida, que faz uma analogia breve sobre o mundo de ídolos que hoje vivemos
A palavra, arapuca, vem do tupi. Em sua base etimológica, significa prender e bater (ao mesmo tempo, aparentemente).Artigo dos mais cuidadosos. Sempre é muito significativo quando as reflexões dispõem ao leitor caminhos de ordem prática — o cuidado para com os falsos (ou verdadeiros?) profetas do coletivismo, por exemplo.
Citação mais que feliz, pelo articulista, do psicólogo americano americano Leon Festinger, autor este de uma sentença emblemática: ““O ser humano não é um animal racional, mas sim um animal racionalizador”.
Tomar Jim Jones como referência, foi inteligente e estratégico: um místico que almagamou, mediante uma alquimia demoníaca e perversa, os fundamentos totalitários do comunismo com dogmas artificiais, ambos inseminados em centenas de mentes desavisadas.
Por seguir com os argumentos valendo-se, também, de Gustave Le Bon, o professor, escritor, teórico, artista plástico (oh, sim, ele também o é) e músico Marcus Éverson demonstra domínio dos campos e maturidade epistemológica, hermenêutica e estética.
Fatores essenciais à maturidade filosófica.
Há um intelectual de altíssimo calibre a expor pensamento elegante e bem fundamentado: seu nome é Marcus Éverson🍷🍷