A Soberana Assembleia Federal Legislativa divulgou uma nota manifestando repúdio aos ataques efetuados contra civis, notadamente mulheres, crianças e idosos, ocorridos em Israel.
De acordo com a nota, assinada pelo presidente da Soberana Assembleia, Ricardo Volpe Maciel, “o Hamas, responsável pelos ataques, já considerado terrorista por várias nações, mostrou sua face bárbara ao atacar pessoas fora de área de guerra, em suas casas, camas e local de trabalho, sorrateiramente, matando todos, mulheres grávidas, idosos, homens, crianças em tenra idade e até bebês, que tiveram suas cabeças cortadas e jogadas às ruas, havendo relatório de mais barbaridades”.
Ainda, segundo Volpe, “a nossa instituição, que prega a igualdade, liberdade e fraternidade, manifesta sua veemente repulsa a este ato covarde, bárbaro e terrorista”.
Além de Volpe, assinam a nota o procurador Luiz Henrique Araújo, e o secretário Antônio Carlos Tofeti.
A Soberana Assembleia Federal Legislativa tem cerca de 1.000 deputados federais, eleitos pelas lojas maçônicas que integram o Grande Oriente do Brasil (GOB). A sede da Soberana é em Brasília.
Israel x Hamas
O ataque realizado pelo grupo palestino Hamas contra Israel no último sábado (7), deixando milhares de mortos, deu início a mais um capítulo de um conflito que se arrasta há décadas. Imediatamente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra aos agressores, mobilizando o exército do país para uma resposta.
A tensão entre Israel e Palestina, que se estende há mais de 70 anos, envolve geopolítica, terras e religião, tendo em vista que a região é sagrada para o judaísmo e para o islamismo, assim como também é para o cristianismo. As raízes do conflito remontam à década de 1940, no pós-guerra, quando o fluxo migratório de judeus alterou a composição demográfica na região, gerando atritos entre a nova população e os árabes-palestinos.
Com o fim do mandato britânico sobre a Palestina, coube à Organização das Nações Unidas (ONU) buscar uma solução. Em 1947, foi proposta a criação de dois estados, mas os árabes rejeitaram o acordo, alegando que ficariam com as terras com menos recursos naturais. Ainda assim, os judeus celebraram a criação do Estado de Israel em 1948. De lá para cá, em meio a violentos conflitos, Israel foi ampliando suas fronteiras. Por sua vez, os palestinos que vivem na região estão divididos em dois territórios que não têm, entre si, conexão por terra: a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.
Segundo o cientista político Leonardo Paz, professor de Relações Internacionais e pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getulio Vargas (NPII/FGV), foi na Guerra dos Seis Dias, ocorrida entre 5 e 10 de junho de 1967, que Israel tomou alguns territórios, expandindo seu tamanho original. À Agência Brasil, ele falou sobre os envolvidos nos conflitos e avaliou que a situação se agrava pelo fato de Israel deter a soberania do território no qual a Faixa de Gaza está inserida. Segundo o especialista, a nova onda de violência era esperada. “A gente sabia que, eventualmente, podia acontecer outra vez”.
Ele vê um impasse. “Acho que essa ação do Hamas foi sem precedentes. Imagino que a gente vai assistir, nas próximas semanas, a uma mobilização forte das Forças Armadas de Israel para ocupar Gaza e tentar primeiro resgatar os reféns e, na sequência, dar uma resposta muito dura em relação ao Hamas”.
Fonte: Agência Brasil