Por Cleomir, Consultor de Marketing Digital (*)
As redes sociais se tornaram ferramentas indispensáveis na comunicação, especialmente em momentos de crise como as enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. Elas permitem a disseminação rápida de informações, a mobilização de ajuda e a conexão entre pessoas afetadas.
No entanto, essa mesma facilidade também abre espaço para a proliferação de notícias falsas, as famigeradas “fake news”, e para a autopromoção de alguns indivíduos em meio à tragédia.
A força das redes sociais para o bem:
- Informações em Tempo Real: As redes sociais possibilitam a atualização instantânea sobre a situação das enchentes, permitindo que as pessoas acompanhem o nível da água, os locais de risco e as medidas de segurança.
- Mobilização e Ajuda: Grupos nas redes sociais se organizam para auxiliar as vítimas, seja na arrecadação de doações, na organização de mutirões de limpeza ou na busca por pessoas desaparecidas.
- Conexão e Apoio Emocional: As redes servem como um espaço para as pessoas compartilharem suas experiências, oferecerem apoio emocional e se sentirem menos sozinhas em meio à tragédia.
O Perigo das Fake News:
- Desinformação e Pânico: Notícias falsas podem gerar confusão e pânico, levando as pessoas a tomarem decisões precipitadas que colocam em risco sua segurança.
- Dificuldade na Tomada de Decisões: A abundância de informações, nem sempre confiáveis, dificulta o acesso a dados precisos e atualizados, essenciais para a tomada de decisões pelas autoridades e pela população.
- Prejuízo à Reputação: Fake news podem manchar a imagem de pessoas e instituições, dificultando o trabalho de ajuda e a recuperação das áreas afetadas.
Combate à desinformação:
- Verifique a Fonte: Antes de compartilhar qualquer informação, busque a origem da notícia. Sites confiáveis de notícias, órgãos oficiais e veículos de comunicação renomados devem ser priorizados.
- Analise o Conteúdo: Leia a notícia com atenção, buscando por inconsistências, erros gramaticais e linguagem sensacionalista. Desconfie de textos que parecem “bom demais para ser verdade”.
- Confirme com Fontes Múltiplas: Compare a informação com outras fontes confiáveis antes de compartilhá-la.
- Denuncie Conteúdo Falso: Plataformas de redes sociais possuem mecanismos para denunciar fake news. Utilize-as para combater a desinformação.
Sites Úteis para Verificação de Notícias:
- Agência Brasil: https://agenciabrasil.ebc.com.br/
- Aos Fatos: https://aosfatos.org/
- Lupa: https://lupa.uol.com.br/
A Oportunidade indecente: Autopromoção em tempos de crise
Em meio à dor e à devastação causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, surge uma faceta triste e oportunista: a autopromoção em momentos de crise.
Enquanto muitos se unem para ajudar, alguns indivíduos veem na tragédia uma chance de se destacar, de ganhar visibilidade ou de obter vantagens pessoais. Essa atitude, além de ser insensível com o sofrimento alheio, também pode desviar recursos e atenção de onde mais são necessários.
Formas de autopromoção:
- Posts e Fotos nas Redes Sociais: Publicação de imagens e vídeos em poses heroicas ou de ajuda humanitária, muitas vezes sem contexto ou com fins sensacionalistas.
- Divulgação de Ações Beneficentes Pessoais: Busca por reconhecimento por ações de ajuda, mesmo que pequenas ou irrelevantes no contexto geral da crise.
- Utilização da Tragédia para Ganhar Seguidores ou Curtidas: Criação de conteúdo sensacionalista ou apelativo que explora a dor e o sofrimento das pessoas.
Impactos negativos:
- Desvio de Foco e Recursos: A autopromoção pode tirar o foco das ações realmente importantes e desviar recursos que poderiam ser utilizados para ajudar as vítimas.
- Banalização da Tragédia: A exploração da dor alheia para fins pessoais banaliza a gravidade da situação e diminui a empatia pela dor das vítimas.
- Desconfiança e Ressentimento: A autopromoção pode gerar desconfiança e ressentimento entre a população, dificultando a organização e o trabalho em conjunto para o enfrentamento da crise.
- Danos à Reputação: A autopromoção em momentos de crise pode prejudicar a imagem das pessoas que se autopromovem, além de manchar a reputação de instituições e organizações que se associam a elas.
Combate à autopromoção:
- Denuncie nas Redes Sociais: Utilize as ferramentas das plataformas para denunciar perfis ou conteúdos que estejam se autopromovendo em meio à tragédia.
- Foco na Ação Solidária: Incentive e participe de ações de ajuda genuínas, sem buscar reconhecimento ou autopromoção.
- Valorize o Trabalho Silencioso: Reconheça e valorize as pessoas que estão ajudando de forma discreta e sem buscar atenção.
- Promova a Transparência: Incentive a divulgação de informações precisas sobre as ações de ajuda e o destino dos recursos doados.
Lembre-se: Em momentos de crise, a colaboração, a empatia e o trabalho em conjunto são essenciais. A autopromoção não só é insensível como também prejudica os esforços de ajuda e recuperação.
Juntos, podemos construir um futuro melhor para o Rio Grande do Sul, sem espaço para oportunismos em meio à dor.
Dicas adicionais:
- Incentive a inclusão de hashtags relacionadas às enchentes no Rio Grande do Sul para facilitar a localização de informações e pedidos de ajuda.
- Compartilhe nas redes sociais os contatos de instituições sérias que estão prestando auxílio às vítimas.
- Use as redes sociais para promover campanhas de arrecadação de doações.
- Seja crítico e analítico ao consumir informações nas redes sociais, principalmente em momentos de crise.
- Utilize as redes sociais para promover a união e a solidariedade entre as pessoas afetadas pelas enchentes.
Juntos, podemos transformar as redes sociais em uma ferramenta para superar as adversidades e reconstruir o Rio Grande do Sul!
Recursos Úteis:
- Agência Brasil: https://agenciabrasil.ebc.com.br/
- Aos Fatos: https://aosfatos.org/
- Lupa: https://lupa.uol.com.br/
- Cruz Vermelha Brasileira: https://www.cruzvermelha.org.br/
Lembre-se: Você pode fazer a diferença! Utilize as redes sociais com responsabilidade e contribua para a construção de um futuro melhor para o Rio Grande do Sul.