Por Juliano Cesar Faria Souto (*)

A proposta do livro é clara desde o início: “O livro que está em suas mãos nasceu com a intenção de narrar a História por meio de uma história”. E que história! A de um jovem argentino que viveu a Segunda Guerra Mundial ainda menino, atravessou ditaduras militares, a queda do Muro de Berlim, o surgimento do neoliberalismo, atentados terroristas, pandemias, mudanças climáticas e o avanço da inteligência artificial — sempre sustentado por uma fé inabalável e sensibilidade social.
Resumo Cronológico da Vida de Francisco com Eventos-Chave da História Mundial
1936 – 1945 – Nascimento e infância durante a Segunda Guerra Mundial. Vivência de tempos sombrios e o horror do Holocausto.
1950 – 1960 – Formação religiosa enquanto o mundo assistia à Guerra Fria e à corrida espacial.
1969 – Ordenação sacerdotal no mesmo ano do pouso na Lua.
1970 – 1980 – Período como líder eclesiástico na Argentina, durante a ditadura de Videla. Conflito interno entre fé e silêncio, muito abordado no capítulo VII.
1989 – Queda do Muro de Berlim, símbolo de esperança para o mundo e de abertura para novas ideias também dentro da Igreja.
2001 – Atentados de 11 de Setembro e início de uma nova era marcada pelo medo e pela intolerância.
2008 – Crise econômica global: Bergoglio destaca o peso da desigualdade e a falta de ética do sistema.
2013 – Eleito Papa Francisco, em meio a uma Igreja fragilizada após a renúncia de Bento XVI.
2020 – 2022 – Pandemia de Covid-19: Francisco fala da fragilidade humana e da urgência de um novo pacto com o meio ambiente, a economia e a espiritualidade.
Uma memória pessoal antes da tempestade
No dia 26 de fevereiro de 2020, poucos dias antes de o mundo mergulhar no caos da pandemia de Covid-19, tive a honra de participar de uma audiência papal no Vaticano, ao lado de minha esposa Riane e da nossa filha Júlia. Era o início da Quaresma, e, como tradição de fé, fomos ao encontro do Papa Francisco.

Ali, diante de um homem simples, vibrante e profundamente humano, vimos um pastor verdadeiro, cuja presença iluminava todos ao redor. Naquela manhã serena, jamais imaginaríamos que estávamos diante do último dia de um mundo como conhecíamos.
Saímos de Roma pouco antes do fechamento total das fronteiras e do confinamento global. Essa lembrança se tornou ainda mais poderosa diante das reflexões propostas no livro, reafirmando a fé, a fragilidade humana e o papel da espiritualidade nos momentos de incerteza.
Trechos Relevantes para os Tempos Atuais
Página 95 – Francisco alerta sobre o progresso técnico e a inteligência artificial sem critérios éticos, dizendo que o homem está perdendo a capacidade de gerir o próprio destino.
Página 101 – Afirma que a fé em Deus é o verdadeiro lastro, a coragem que nos impulsiona a avançar para o desconhecido, inclusive em tempos incertos.
Página 152 – Aponta a instrumentalização da pobreza e das desigualdades como ferramenta política de manipulação, promovida por “gangues ideológicas”.
Página 212 – Critica o liberalismo extremo que exige que desiguais concorram em pé de igualdade. Defende que é preciso repensar a justiça social.
Página 217 – Ressalta o valor da escuta ativa como ferramenta de construção coletiva e de paz — algo cada vez mais urgente frente à polarização atual.
Página 266 – Reflete sobre o ESG, conectando meio ambiente, sustentabilidade e a vulnerabilidade exposta pela pandemia.
Página 294 – Alerta sobre o retorno do isolacionismo, da retórica belicosa e das ameaças de guerra, o que nos aproxima perigosamente dos erros do século passado.
Mensagem Central: Um Chamado à Consciência e à Esperança
A grande beleza do livro está na mensagem que se revela como um convite à consciência histórica, espiritual e social. Como afirma Francisco:
> “A nossa vida é o livro mais precioso que nos foi confiado.”
Ele propõe que cada jovem ouça com atenção a voz dos mais velhos, e que reflita sobre as experiências vividas por aqueles que vieram antes, para não repetir os mesmos erros. Essa recomendação, mais do que nunca, se faz urgente em 2025 — um tempo em que o mundo ainda patina entre extremismos, guerras, fake news e intolerância, como num perigoso eco do início do século XX.

Conclusão
Mais do que um registro biográfico, este livro é um apelo à humanidade: para que aprendamos com a dor, com a fé e com a história. Que sejamos capazes de escrever nossos próprios capítulos com mais sabedoria, empatia e coragem.
Nota sobre a IA
O autor utilizou a ferramenta IA GPT-4.0 para organizar a estrutura do texto, revisar a ortografia e gerar gráficos, sempre a partir da interação e direcionamento do autor. Todas as ideias, mensagens e reflexões foram inseridas e conduzidas pelo autor, com a IA atuando como um apoio técnico para otimização da escrita.