Segundo o Prof. Gregory Mankiw, presidente do Conselho Econômico da administração George W. Bush, a concorrência perfeita ou o mercado competitivo é definido como:
“…um mercado com muitos compradores e vendedores negociando produtos idênticos, de modo que cada comprador é tomador de preços”.
Isso quer dizer que as empresas não podem impor um preço de forma isolada, apenas o fazendo se for um movimento geral de todas as empresas e desde que esse mesmo seja aceito pelos consumidores.
Nessa estrutura nenhum participante tem poder de mercado.
Os economistas chamam de “normal” ou “concorrencial” o lucro auferido pelas firmas em concorrência perfeita.
Em oposição a esses conceitos, quando o retorno é maior do que o do mercado, existe o lucro “anormal” ou “econômico”.
Na presença da concorrência perfeita o preço praticado é eficiente e faz com que os ganhos sejam proporcionalmente distribuídos entre os participantes sem que nenhum obtenha vantagens comerciais em relação aos demais.
Isso é decorrência do fato de que num mercado concorrencial, como também é chamado, estão necessariamente presentes os seguintes predicados:
Na ausência de qualquer um desses elementos a concorrência perfeita deixa de existir.
Se, independentemente do preço, você prefere comprar algo numa dada loja porque o atendente é mais educado ou porque é mais perto, já foi criada uma diferenciação, os itens não são mais homogêneos, e a firma passou a deter algum poder de mercado.
Logo, qual a principal lição que se tira daí?
Um mercado em concorrência perfeita é uma quimera. Como diria o saudoso Padre Quevedo: “Isso non ecziste! ”.
Mercados concorrenciais são impossíveis de existirem no modo de produção capitalista, porque a tendência desse modo de produção é quebrar as cinco características acima listadas.
E, mais ainda, conforme o economista John Kenneth Galbraith, o capitalismo com o nível de desenvolvimento tecnológico que conhecemos sucumbiria ante à presença da concorrência perfeita.
Isso porque não haveria ganhos de escala e volumes de acumulação suficientes para financiar as ações de pesquisa em tecnologia.
Logo, da próxima vez que você ouvir alguém tecendo loas à livre concorrência, saiba que se trata de uma pessoa, no mínimo, desinformada.
Leia amanhã: Toda empresa sonha em ser um monopólio
(*) Emerson Sousa é Mestre em Economia e Doutor em Administração
** Esse texto é de responsabilidade exclusiva do autor. Não reflete, necessariamente, a opinião do Só Sergipe
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