Por Juliano César Souto (*)
Na condição de empresário sergipano, com raízes e negócios em Sergipe, e seguindo a lição do meu mestre e pai Raymundo Juliano — que para nós, empresários, não deve haver espaço para política partidária, mas é fundamental que a política seja conduzida por “homens de bem” —, tomei, em 2018, a ousadia de escrever um texto com esse mesmo título por ocasião da vitória eleitoral de Jair Bolsonaro. Você pode reler o texto que o autor se refere, clicando neste link.
Seguindo rigorosamente esse conselho, tenho acompanhado ao longo dos anos a expressão de mudança e esperança através da vontade popular pelo voto, desde os tempos do engenheiro João Alves Filho. De vitorioso empresário e “prefeito indicado”, ele se transformou no maior e insuperável líder político e visionário administrador que Sergipe já viu. Em seguida, despontou o líder estudantil Marcelo Déda, que, junto ao atual prefeito Edvaldo Nogueira, trouxe uma nova geração ao poder, com uma visão progressista, mais à esquerda e ligada aos movimentos populares.
No decorrer dos mandatos, concluídos com aprovação popular ou não, o prefeito Edvaldo Nogueira inscreve seu nome na história da prefeitura de Aracaju como um “síndico eficiente”: finanças equilibradas, obras estruturantes e, especialmente, a profissionalização da gestão pública. Seguindo a máxima de que a democracia traz oportunidades para todos, em 2010, um líder empresarial, Laércio Oliveira, fez o que muitos empresários apenas falam em fazer: entrou na política, lançou-se como deputado federal com uma plataforma clara de defesa do empreendedorismo e, em 2022, alcançou o Senado com a bandeira “o senador do emprego”.
Também em 2022, uma nova geração assumiu o comando do Estado de Sergipe, elegendo Fábio Mitidieri, jovem de 45 anos, que conseguiu aglutinar a maioria das forças políticas do estado e vencer uma eleição voto a voto. Essa vitória inaugurou um novo ciclo para a política sergipana.
Agora, em 2024, os aracajuanos decidiram, de forma democrática e com expressiva vantagem numérica, pela dupla Emília Correia e Ricardo Marques, que, nos últimos quatro anos, se destacaram como guerreiros em uma bancada de oposição diminuta, mas aguerrida, na Câmara Municipal de Aracaju.
Recomendações para a nova gestão
Como forma de contribuir, tomo a liberdade de ressaltar alguns pontos importantes para a gestão municipal:
Responsabilidade Fiscal: Conquista a ser preservada, pois é a base para garantir os serviços básicos e viabilizar a contratação de empréstimos para investimentos estruturantes.
Foco no Desenvolvimento Econômico: Esta é a alavanca do desenvolvimento social sustentável. A SEMDE (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico) deve continuar sendo liderada por empresários com espírito público, longe de disputas partidárias.
Inclusão dos Jovens através da Tecnologia: Expansão do Cajutech para todo o município, proporcionando novas oportunidades e acesso ao conhecimento.
Planejamento de Longo Prazo: Participação ativa do CONDEM (Conselho de Desenvolvimento Municipal), integrando sociedade, poder público e entidades empresariais na construção de soluções e alternativas para que Aracaju alcance um protagonismo real no desenvolvimento econômico de Sergipe.
Revitalização do Centro da Cidade: Incentivos à exploração econômica e reformas de moradia no centro. É necessário criar condições para novos empreendimentos e habitação, pois somente assim teremos “vida” em uma área urbana já consolidada.
Estruturação e Continuidade de Macroprojetos: Prioridade à ocupação ordenada da área de expansão na zona sul e a integração da zona norte e oeste com outros municípios.
Potencial Turístico: Promoção de Aracaju como principal destino turístico de Sergipe, explorando o litoral e outras potencialidades naturais.
Educação Integral: Ampliação da educação em tempo integral, da creche ao emprego, para proteger e dar oportunidades às nossas crianças e permitir que os pais trabalhem com tranquilidade.
Com estas colocações, cumpro meu dever de cidadão, esperando que nossa “Emília” — assim como na obra de Monteiro Lobato (1920) —, com seu espírito crítico e independente, entregue à população aracajuana os compromissos de campanha. Que possamos ver surgir, nessa lagartense, filha do conceituado e digno comerciante e político José Correia Sobrinho, uma nova liderança política, criando mais um ciclo em Sergipe.
Ao “neófito político”, Ricardo Marques, que, com ousadia, trocou o mandato de vereador para estar junto a Emília nesse desafio e teve papel preponderante na vitória, expressando com atitudes o desejo de mudança da sociedade aracajuana, desejo que também tenha destaque na nova gestão, trazendo competência e renovação.
Assim como no clássico de Alexandre Dumas, Os Três Mosqueteiros — que na verdade eram quatro —, que a dupla Emília e Ricardo possa colocar em prática, sem jamais esmorecer, o lema: “Um por todos e todos por um”, resumindo, de forma fidedigna, o significado desta história: a luta pelo poder e a importância da amizade.
Que Deus os ilumine e oriente para um mandato exitoso.
Tenho a mesma esperança
Tudo bem colocado eu torci muito pela eleição de Emília Corrêa e de seu vice Ricardo Marques. A população entendeu a mensagem de Emília Corrêa e de Ricardo Marques