sábado, 16/11/2024
Pessoas que, quando se expõem ao sol, não se bronzeiam e queimam-se rápido e facilmente está sob maior risco de desenvolver melanoma na pele Foto: Pixabay

À flor da pele também pode surgir um melanoma

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Por Charles G. Albuquerque (*)

 

No texto anterior falamos dos riscos da exposição solar excessiva e explicamos o que é o câncer. Você ficou sabendo que o câncer de pele é o mais frequente dos cânceres registrados em seres humanos, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos registrados no país.

Você também ficou sabendo que existem cerca de 30 tipos diferentes de câncer de pele. E, hoje, você vai saber mais sobre o mais temível câncer de pele: o melanoma.

(Obs.: as fotos dos inocentes sinais que vão aparecer nesta coluna representam as diversas apresentações do terrível melanoma.)

 

Algo mais sobre câncer de pele

Os três tipos de cânceres de pele mais frequentes são o carcinoma basocelular (CBC), responsável por 70% dos casos diagnosticados (felizmente, esse é o mais frequente, mas o menos agressivo também); o carcinoma espinocelular (CEC) com 25% dos casos e, por fim, o mais temível de todos, o melanoma, detectado em 4% dos pacientes.

 

Melanoma: o grande vilão

Embora represente apenas 4% dos cânceres de pele, o melanoma é o mais grave, tornando-se a maior causa de morte entre os cânceres de pele devido à sua alta possibilidade de metástase.

A maioria dos melanomas (70%) se desenvolve na pele normal, isso significa que de cada 10 melanomas diagnosticados, sete deles surgiram como um novo sinal na pele e três surgiram sobre antigos sinais que começaram a mudar de forma, tamanho, cor ou passaram a ter sintomas inexistentes, como coceira ou sangramento. Entretanto, as mudanças mais significativas que podem surgir num sinal antigo como indicadoras de uma cancerização são o aumento recente de tamanho e o surgimento de duas ou mais cores num mesmo sinal, tais como, marrom claro, marrom escuro e preto ou roxo num mesmo sinal.

 

Melanoma: quem são as vítimas

– Embora o melanoma possa ocorrer em pessoas jovens, afeta principalmente a faixa etária dos 30 aos 60 anos;

– Acomete ambos os sexos em igual proporção;

– No homem, é mais comum nas costas;

– Na mulher, é mais comum nos membros inferiores.

 

Melanoma: uma informação importantíssima

Apesar de o melanoma ser muito grave, é quase sempre curável! QUANDO DETECTADO EM SEUS ESTÁGIOS INICIAIS! Daí surge a grande necessidade de que todos saibam reconhecer esses sinais de alerta que possam levar ao diagnóstico precoce, exatamente, por isso o SÓSERGIPE entrou nessa campanha de extrema utilidade pública.

 

Melanoma: a prevenção é o melhor remédio

Nos últimos anos, houve uma grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente, devido à detecção precoce do tumor.

E neste desafio do diagnóstico precoce, o conhecimento das pessoas e o desconfiômetro do portador são mais importantes que a capacidade do médico de diagnosticar, pois se o paciente não desconfiar precocemente jamais irá ao médico para que o diagnóstico possa ser feito.

 

Quem está sob maior risco de desenvolver melanoma na pele?

– Pessoas com um grande número de sinais atípicos no corpo;

– Pessoas que, quando se expõem ao sol, não se bronzeiam e queimam-se rápido e facilmente;

– Pessoas com pele clara, olhos azuis e cabelos ruivos ou loiros;

– Pessoas com história de queimaduras solares, particularmente, durante a infância;

– Pessoas com história de câncer de pele não-melanoma e de ceratoses solares.

Essas duas últimas fotos foram de um agricultor do interior de Sergipe com múltiplos sinais no corpo, um melanoma avançado e uma elastose solar severa no pescoço (pele flácida como elástico por causa dos danos solares), confirmando a intensidade da exposição solar que sofreu no labor do campo.

Um grande abraço.

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Sobre Charles Albuquerque

Charles Albuquerque
Médico, expert em feridas.

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