Páscoa significa Passagem. Primeiramente celebrada pelos pastores nômades, antes de Moisés, em celebração da chegada da primavera.
Logo pelos hebreus, em memória à saída da escravidão no Egito.
E fechando com chave de ouro com Cristo, através da sua ressurreição num dia pascal, deixando-nos a melhor simbologia.
Não é questão de liturgia humana, rituais triviais ou religiosidade meramente psicológica e emocional. Páscoa é uma necessidade de sobrevivência natural do planeta; onde todos nós precisamos, vez e outra, de transformação e renovação.
A Páscoa é uma das festas mais tradicionais do calendário cristão e tem suas origens baseadas tanto na tradição judaica como em elementos pagãos que foram apropriados de povos cristianizados, como os germânicos. Essa celebração possui data móvel e o seu sentido cristão relembra a crucificação e ressurreição de Cristo. A palavra Páscoa em português deriva do termo em hebraico “Pessach”.
A Páscoa cristã baseia-se na Pessach (“passagem”, em hebraico), celebração de tradição judaica que relembra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. A Páscoa comemorada pelos hebreus era realizada próximo da época que marcava o início da primavera.
Na tradição judaica, essa festa em referência à libertação da escravidão no Egito foi uma ordem direta de Javé a Moisés, que a transmitiu para o povo hebreu conforme o relato bíblico: Chamou pois Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a Páscoa.
Páscoa… O triunfo da vida sobre a morte, do amor sobre o ódio….
É mudança e transformação… É ser de novo o mesmo ser. Que recomeça pela própria libertação. Deixando para trás o estado de praga biológica, ressuscitando para a consciência de excelência, em conexão com a divindade que rasga o véu, abrindo a passagem para o mais belo céu.
A Páscoa é comemorada dentro do cristianismo de diferentes maneiras e essas variações acontecem por conta das distintas vertentes cristãs que existem. As diferenças podem ser resumidas pontualmente entre cristãos católicos, ortodoxos e protestantes (sendo que dentro do protestantismo existe uma gama de vertentes). Em nosso país, a tradição mais popular é a tradição católica.
Em um mundo cada vez mais mercantilista, onde tudo tem preço e nada tem valor, celebrar a morte do único filho de Deus e sua ressurreição no sétimo dia é fundamental para mantermos a fé no Deus Vivo. Como todas as datas religiosas viraram comércio, apenas para lembrar que o que celebramos na Páscoa é o renascimento de Jesus Cristo, e não o coelhinho e nem os ovos e caixas de chocolate. Até porque coelho não põe ovos. Confesso minha ignorância, não sei como o coelho entrou nessa história. A Bíblia não fala em coelhos, e, reafirmando, coelhos não põem ovos, muito menos de chocolate.
Que Deus nos dê toda a fé que ainda nos falta para atravessarmos as tribulações de dias tão difíceis e tóxicos. Que a sabedoria e o amor estejam sempre presentes para guiar-nos em seu caminho de luz .
Feliz e abençoada Páscoa para todos!
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(*) Eng. Agrônomo, Palestrante, cronista e viajante. Autor do livro “Das muletas fiz asas”, o latino americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 151 países em todos os continentes.