Por Gilberto Costa-Silva (*)
O 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da República no Brasil, possui uma forte vinculação com a Maçonaria devido à participação ativa de maçons nas articulações políticas que levaram a queda da monarquia e o estabelecimento do regime republicano.
Marechal Deodoro da Fonseca, que proclamou a República, e foi o primeiro presidente do Brasil, era maçom. Ele foi iniciado na Loja “Rocha Negra” em 1883.
Benjamin Constant, considerado o “professor da República” e um dos principais articuladores do movimento republicano, também era maçom.
Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, defendidos pela Maçonaria, estavam em sintonia com os princípios republicanos que buscavam substituir o sistema monárquico centralizado por um modelo mais democrático e laico. A Maçonaria, na época, servia como espaço para a disseminação de ideias progressistas e de transformação social.
A Maçonaria teve um papel importante na promoção da separação entre Igreja e Estado, um dos pilares da República. Durante o período imperial, o Brasil era um Estado confessional, com a Igreja Católica vinculada ao poder político. A Proclamação da República foi também um marco para a laicização do Estado brasileiro.
A Maçonaria tinha forte influência no Exército, que desempenhou papel central na proclamação. Muitos militares eram membros da Ordem e compartilhavam a visão de um Brasil republicano e modernizado.
Na segunda metade do século XIX, as lojas maçônicas no Brasil serviram como centros de debate político e social. Ali, intelectuais, militares e políticos republicanos discutiam estratégias para transformar o sistema político.
O vínculo entre o 15 de novembro e a Maçonaria está na ativa participação de seus membros, nos valores que embasaram o movimento republicano e no uso das lojas maçônicas como plataformas de articulação. A Proclamação da República foi, em muitos sentidos, resultado de um contexto em que a Maçonaria e outras forças sociais convergiram em prol da mudança.
Não nos iludamos, embora a Maçonaria tenha defendido ideais nobres, como justiça social e governança ética, não conseguiu evitar que a República herdasse ou agravasse os mesmos problemas estruturais da monarquia. A desigualdade, a corrupção sistêmica e a instabilidade política que marcaram o Brasil republicano ainda desafiam o país, revelando que a troca de regime não foi acompanhada por mudanças profundas e necessárias para transformar a sociedade brasileira como imaginado.
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