Manuel Luiz Figueiroa (*)
Se observarmos vários retângulos de áreas diferentes, provavelmente um deles vai se destacar pela sua beleza.
A beleza que estamos a observar é a que se contrapõe com a fealdade. Enquanto aquela é agradável aos sentidos e ao olhar, essa apresenta um sentimento de distanciamento.
O belo também tem uma influência muito grande do estado psicológico do observador. Um dia chuvoso, com relâmpagos, pode ser feio ou bonito dependendo de quem é o observador. Se o observador for um maçom, com tempestade ou não, ele só enxerga a beleza da criação.
A sensação de beleza ou ausência dessa é uma forma de comunicação entre o observador e o ambiente que o cerca. Entre os homens, a comunicação ocorre na língua de cada nação e quando esta língua é diferente, utiliza-se o serviço do tradutor. A comunicação entre os animais é, também, um fato. Isso posto, estende-se a existência de formas de linguagens entre as criaturas das quais muitas delas não se têm conhecimento. Essa questão da comunicação pode ser, também, observada no exercício das profissões.
Por exemplo:
Os membros da caserna podem ser identificados pelo uso de expressões como “sim, senhor”, “positivo”, “ordem dada é ordem cumprida”, “negativo”, “esteja preso”, “meia volta, volver! Marche” etc.
Se os falantes estão usando expressões como demanda, custo marginal, maximização de lucros, provavelmente eles são economistas;
Os usuários de expressões como hermenêutica, de cujus, habeas corpus, habeas data, com certeza são advogados;
Para identificar um maçom basta ouvi-lo conversar e provavelmente surgirá a expressão Grande Arquiteto do Universo que representa a fonte da verdade e da vida.
O que é a linguagem, se não uma forma de comunicação que nos casos citados está explícita e que muitas vezes surge em código que precisa ser descodificado para se ter a sua compreensão?
A linguagem matemática:
Considere-se a sequência numérica, (0,1,1,2,3,5,8,13,21,34,55,89,144,233,377,610,987,1597, 2584, …) conhecida por sequência de Fibonacci.
Para os matemáticos, essa sequência pode ser indicada dessa forma: Fn = Fn-1 + Fn-2 ; para n > 0.
Se for considerado Fn / Fn-1 de tal forma que n seja o maior possível, esse quociente tenderá a 1,6180 como se pode constatar 2584 / 1597 = 1,61803381. Esse é o número sagrado.
Considere-se, ainda, a proporção x / y = (x + y) / x de tal forma que x e y sejam positivos. A proporção acima se transforma na equação do segundo grau x2 – xy – y2 = 0, cuja solução pode ser apresentada por:
x / y = 1,61803381
Como visto, a proporção x / y = (x + y) / x gerou a obtenção do número sagrado e, portanto, é denominada de proporção divina.
Dessa forma, o número sagrado e a proporção divina codificam a linguagem do Criador na criação.
A presença da linguagem divina está presente na sua criação:
Espiral de Fibonacci que permitiu a descodificação da linguagem do criador.
Leonardo Fibonacci, matemático, nasceu em 1170 e morreu em 1250 com 80 anos. Italiano de Pisa, tendo se imortalizado pela utilização da sequência que leva o seu nome.
No homem, a semelhança de Deus.
A relação entre o tamanho do homem e a distância do umbigo ao topo da cabeça é aproximadamente 1,6180.
O comprimento do umbigo ao topo da cabeça do homem sobre o comprimento das axilas ao topo da cabeça do homem, também, é aproximadamente 1,6180.
Na galáxia.
As mesmas relações de proporção são aí encontradas.
Concha de Náutilos.
A proporção divina está presente como uma forma de identificação do criador em toda criação.
A descodificação dessa linguagem divina foi realizada por Pitágoras, o pai da matemática, 500 anos A.C. que a utilizou para explicar a harmonia, o cosmo e a alma. Depois de Pitágoras, a proporção divina passou a ser utilizada na construção de templos, pirâmides, palácios, pinturas etc.
O Parthenon de Athens
- f) Monalisa
Templo maçônico
Neste para cada unidade do oriente tem-se 1,6180 de unidades no ocidente, mantendo a proporção divina na beleza da sua planta e a garantia da permanência no tempo, como ocorre com toda interferência humana que admite na sua obra o código divino.
Constata-se que as obras humanas que utilizaram a proporção divina têm se perpetuado no tempo pela beleza e, creio também, pela presença da imitação da obra do GADU.
Em conclusão o número sagrado 1,6180 e a proporção divina são formas de comunicação do Criador na identificação da sua obra.