“A Rede não aceita a filiação de fichas sujas, nem de pessoas que estejam indiciadas ou processadas”. A afirmação é do candidato ao governo de Sergipe, Dr. Emerson Ferreira, Rede, cujo vice é Américo de Deus, ao ressaltar que todas as pessoas que compõem o partido no Estado tem uma vida ilibada e que “estarão construindo novas práticas no exercício da vida pública”.
Se eleito governador, ele garante que dará um “choque de gestão que o Estado requer”, pois se faz necessário melhorar os indicadores sociais e elevar os índices da saúde, segurança pública e emprego.
Com um candidato ao Senado, o delegado da Polícia Civil, Alessandro Vieira, 13 candidatos a deputado federal e 36 a deputado estadual, Emerson Ferreira ressalta que, junto com essas pessoas está percebendo nas ruas que a população apoia o projeto e os 18 itens da sua plataforma de trabalho, caso seja eleito governador.
Apesar de não ter sido eleito prefeito de Aracaju, Dr. Emerson teve uma boa performance na última eleição. A primeira pesquisa oficial, antes do início da campanha eleitoral para governador, o coloca em quarto lugar, mas isso não o intimida. Ele diz que “as pesquisas que foram publicadas não correspondem à realidade que sinto e percebo caminhando por todo o Estado” e sugere até que seja proibida a divulgação no período eleitoral, apenas para consumo dos partidos, “de modo que não possam induzir os eleitores”.
SÓ SERGIPE – A campanha eleitoral já está nas ruas. Como o senhor está vendo, nesses primeiros dias, a adesão dos eleitores ao seu nome como candidato a governador de Sergipe
DR. EMERSON – Com muita aceitação popular e, quero ressaltar, a forma voluntária como muitas pessoas se propõem a divulgar a candidatura da mudança, a candidatura do 18.
SS – Durante as convenções, o senhor disse que quer ser governador em virtude da situação em que se encontra a administração pública do Estado. Que situação é essa?
DE – A situação caótica em que se encontra o estado de Sergipe, acentuada nos últimos quatro anos, pelo pior governo da nossa história. Todos os indicadores sociais atestam isso. Estamos entre os piores em tudo: saúde, violência, educação e desemprego.
SS – O que o senhor vai mudar, diante do quadro atual, caso seja eleito governador de Sergipe?
DE – Primeiro, a possibilidade de mudar está na independência com que chegarei ao governo. Independência dos “esquemas” de financiamento de campanha e das alianças políticas que loteiam e superlotam a administração pública. Depois, pela honestidade e competência com que conduziremos o choque de gestão que a administração pública do nosso Estado requer, ou seja, com moralidade, legalidade, transparência, impessoalidade e eficiência.
SS – Em que se baseia a sua plataforma de trabalho?
DE – Nos 18 temas que configuram a nossa proposta de programa de governo “Sergipe para os sergipanos”, que tem como prioridade a educação integral e de qualidade.
SS – A pesquisa Ibope, publicada no último sábado, coloca o seu nome em quarto lugar, com 5%. O que o senhor acha desse percentual e qual será sua estratégia para avançar?
DE – Todas as pesquisas que foram publicadas não correspondem à realidade que sinto e percebo caminhando por todo o Estado. É bom destacar que nenhuma dessas pesquisas foi paga pelo nosso partido. Por fim, defendo a tese de que deveria ser proibida a divulgação de pesquisas em período eleitoral, elas poderiam ser realizadas apenas para consumo interno, de modo que não possam induzir os eleitores.
SS – O senhor se saiu bem quando se candidatou a prefeito de Aracaju. Teve uma boa votação e ficou à frente de velhas figuras da política. Será esse o momento de passar à frente de todos?
DE – Essa resposta, literalmente, deve ser dada pelo povo, A minha parte eu faço, que é disponibilizar o meu nome, eu que tenho, na vida pública, uma história de honestidade. Eu, que na escola de uma vida de trabalho, busquei competência, busquei me preparar, e nessa trajetória, sempre preservei a minha independência e fui coerente com meus princípios e valores, portanto estou preparado para ser governador de Sergipe.
SS – Embora já tenha sido vereador e candidato a prefeito, o senhor se vê como uma novidade para o eleitorado?
DE – O novo na política não é cronológico, não se mede pela idade nem pelo tempo de atividade política. O novo está nas ideias, nas ações, na inovação sintonizada com os tempos atuais. As velhas práticas, elas apenas insistem em não entender que o seu tempo já passou.
SS – A Rede, aqui em Sergipe, tem candidatos que vão disputar um cargo eletivo pela primeira vez e estão todos engajados em sua campanha. Esses novos podem ajudar bastante a lhe trazer votos?
DE – Com certeza, não somente estarão buscando votos, mas estarão construindo novas práticas no exercício da vida pública. E disso a Rede não abre mão.
SS – Quantos são os candidatos da Rede aqui em Sergipe?
DE – Um candidato ao Senado, o delegado Alessandro Vieira, com dois suplentes, 13 candidatos a deputado federal e 36 candidatos a deputado estadual. A Rede, através do seu Elo Mulheres, cumpriu a exigência legal de termos, pelo menos, 30% de mulheres nos cargos proporcionais, não como faz de conta, mas com mulheres de luta, candidatas a deputadas federal e estadual. Outro destaque que precisa ser feito: a Rede não aceita a filiação de fichas sujas, nem de pessoas que estejam indiciadas ou processadas. A Rede só acolhe fichas limpas, caçadores de corruptos. Seria uma incoerência fazer o que alguns fazem: prometem o paraíso para o povo, mas tendo ao seu lado, no seu palanque, pessoas que entregam o inferno da corrupção para a sociedade. Isso precisa acabar!
SS – O senhor pensa em trazer Marina Silva a Aracaju durante a campanha? Tem esse projeto?
DE – Sim. A Coordenação da Campanha da Marina Silva, candidata à presidência da República, apresentou a possibilidade de Marina visitar todos os estados brasileiros durante a curta campanha eleitoral.