Ontem, foi uma correria intensa. Ao chegar ao final do dia, não há outra coisa a fazer, senão tentar relaxar. Minha zona de conforto foi totalmente remexida, pois, o que seria uma pintura no apartamento, com pequenos transtornos, transformou-se numa reforma que não estava prevista. Havia muito que tirar, reparar, colocar massa, pintar, tornar novo. Algumas coisas estão, ainda, fora da ordem, mas sei que isso é passageiro. O apartamento ficará mais aprazível, confortável, mais jovem.
Assim como está acontecendo com o apartamento, ocorre com a vida empresarial e pessoal. É preciso sair da zona de conforto que acumula teias de aranhas, poeiras e que nos levam a pensar que aquela forma de administrar pode ser melhorada. Ao invés de conversar com o cliente usando somente o telefone ou WhatsApp, que encurtou as distâncias, mas relegou a conversa frente a frente, convide-o para um almoço, um café ou quem sabe, um happy hour. O empresário e maçom sergipano, Raymundo Juliano, que partiu para o Oriente Eterno em 21 de agosto de 2020, dizia que negociava e fazia amigos. E fez muitos. Elogie seus colaboradores, pois eles são a razão da empresa que funciona como uma orquestra. Se tiver um bom maestro, o show vai ser bom, desde que os instrumentos estejam devidamente afinados.
Mas o cidadão precisa estar com a vida pessoal em ordem, para tocar a empresa. Lembre-se de que a vida é cheia de previstos e imprevistos, que nos tiram do conforto, nos angustiam, nos levam às lágrimas, mas, firmes, nos fazem renovar. E como o apartamento que passou pela reforma ou a empresa que está mais afinada, voltamos melhores, renovados, e com a certeza de que somos donos do nosso próprio destino. Somos o que pensamos. E o pensar tem uma força inimaginável. Tal qual a metáfora do Efeito Borboleta, contido na Teoria do Caos, que diz que o bater das asas de uma borboleta em determinado lugar pode causar modificações em outro ponto distante.
Ou seja, tudo que pensarmos, fizermos vai repercutir pelo mundo afora. Você já parou para pensar que efeito já causou seu sorriso ou sua lágrima? Seu olhar, uma palavra dita, um encontro adiado? O que causou no outro ou nos outros? Já parou de pensar sobre o que você deixou de viver, simplesmente, porque adiou aquele almoço e deixou a outra pessoa sozinha no restaurante? E aquele abraço não dado, quantas vibrações poderiam emanar dali? Essas coisas feitas ou não, mudam destinos.
Mas sigamos para frente e repare naquela estrada, a que distância nos levará. Essa estrada nos levará à perfeição, algo inevitável para os seres humanos, não importa quantas vidas teremos que vivê-las. “Quem me levará sou eu; quem regressará sou eu”, ensina sabiamente o trecho dessa canção do Fagner.
A reforma do apartamento quebra a rotina, e ficamos loucos que acabe logo. Mas, e a nossa reforma íntima? Ela tem que ser constante. Temos que colocar para longe os nossos pré-conceitos, nossas diatribes; nossa “raiva é um veneno que bebemos esperando que o outro morra”, segundo Shakespeare.
Por isso, vivamos o agora. Não deixe para dizer eu te amo amanhã. Diga agora. Beije, abrace, perdoe, perdoe-se.
Se ame agora, neste momento. Olhe-se no espelho e diga o quanto você é uma bela pessoa e feliz. E com quem estiveres, esses sentimentos serão propagados.
Pense no bem e ele se propagará, tal qual o Efeito Borboleta.
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(*) Antônio Carlos Garcia é diretor de Jornalismo do Só Sergipe e maçom da Loja Clodomir Silva.
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