A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Sergipe) divulgou uma nota de repúdio, hoje, 28, “diante do decreto assinado pelo governador Belivaldo Chagas, alterando os horários de funcionamento dos estabelecimentos, mediante argumento de desobediência pública, sem base científica ou identificação de caso específico”. E por ter ameaçado fechar bares e restaurantes, sob suposta denúncia de aglomeração.
A nota diz, ainda, que “da abertura até aqui todos os restaurantes adotaram o protocolo com bastante seriedade”. E que “mais de 20% dos estabelecimentos gastronômicos fecharam, empregos foram perdidos e continuamos numa luta incansável para manter nossos estabelecimentos vivos. Os erros de alguns não podem levar todo o já combalido setor, a um sofrimento ainda maior. O caso ocorrido na Farolândia, único noticiado, não tem qualquer vínculo com o setor”.
Ontem, durante entrevista coletiva, Belivaldo Chagas ameaçou fechar os bares e restaurantes, tomando como base o que ele soube a respeito de aglomeração em um bar na Farolândia.
O ex-presidente da Abrasel, Augusto Carvalho, alerta que o governador não deve punir toda uma categoria, por causa do comportamento de um único estabelecimento – no caso da Farolândia. “Quem estiver errado que seja punido, que seja fechado, mas não pode punir todo mundo”, reforçou. “Estamos certos e não podemos pagar pelos errados”, frisou.
Augusto Carvalho voltou a dizer que os bares da periferia nunca fecharam durante pandemia e citou o exemplo, que na opinião dele é o mais gritante: O Restaurante Padre Pedro, no centro da cidade, onde são formadas filas todos os dias, e que funciona sem obedecer às normas de segurança.