Sergipe registra a maior média de motociclistas mortos ou sequelados em acidentes de trânsito. São mais de 17,6 óbitos para cada 10 mil motos, número quase três vezes maior que a média do Brasil (6,6). De janeiro a junho de 2015, deram entrada no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), 3.495 vítimas de acidentes motociclísticos. Desses, 40% sofreram traumatismo craniano. Estes números foram mais que suficientes para que o Governo do Estado lançasse, hoje, 2, a campanha Motociclista Vivo, justamente para tentar conter índices tão alarmantes.
A superintendente do Huse, Lycia Diniz, afirmou que um paciente envolvido em acidente de moto que passe por cirurgia, fica, em média, 30 dias internado a custo de R$ 120 mil. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que o custo social de cada um dos pacientes é, em média, R$ 952 mil aos cofres públicos.
O secretário de Saúde do Estado, José Sobral, ressaltou que “muitas dessas vítimas chegam ao hospital com sinais visíveis de embriaguez. Além de causar muitas mortes no trânsito de todo país, os acidentes motociclísticos também deixam sequelas para o resto da vida representam um alto custo para o SUS”.
Já a superintendente do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Conceição Mendonça, afirmou que em fevereiro deste ano, o órgão registrou um aumento de 3,4% no número de pacientes vítimas de acidente motociclístico. O custo mínimo da uma saída de uma viatura do Samu é de R$ 3,5 mil. Se for de Unidade de Suporte Avançado (USA), o custo chega a R$ 5,5 mil.
Ranking – A campanha que estará nas ruas vai focar os locais de origem dos acidentados em acidentes com motos. Além de São Cristóvão e Santa Maria que lideram o ranking – de um total de 20 – a incidência também é alta do Santos Dumont com 79 acidentados, seguido do Roza Elze, com 69; bairro América, 61; Bugio, 50; e Siqueira Campos, com 49. Em último lugar, está Coroa do Meio, com 30 acidentados que ali residem.
Segundo dados do Detran de junho deste ano, de um total de 450.402 pessoas habilitadas, 49% são condutores de motocicletas. Ou seja, são 221.950 pessoas que tem categoria A, sendo 111.962 mulheres e 338.440 homens. A frota total de Sergipe é de 659.847 veículos, sendo 220.133 motocicletas e 36.787, um total de 256.920 veículos de duas rodas, que corresponde a 38,9% da frota no Estado.
1 – Nunca, em hipótese alguma, pilote sem capacete
2 – Ande sempre com a viseira do capacete abaixada
3 – Não ultrapasse pelo corredor entre dois carros
4 – Ligue sempre o farol para ser visto pelos outros
5 – Respeite a sinalização de trânsito e sinalize quando for mudar de faixa
6 – Mantenha uma distância segura em relação aos demais veículos e adote uma pilotagem defensiva
7 – Não transite por calçadas e acostamentos, ou locais utilizados por pedestres
8 – Realize periodicamente a manutenção em sua motocicleta
9 – Fique atento aos buracos, às irregularidades e aos entulhos, especialmente em dias de chuvas
10 – Não presenteie seu filho, menor de 18 anos, com motocicletas de baixa cilindrada. Elas não são brinquedo!
11 – Se for pilotar, não beba. Se beber, não pilote.
(*) Fonte: Secretaria de Estado da Saúde
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