O senador Alessandro Vieira (PPS) vai insistir na instalação da CPI da Lava-Toga e quando forem retomados os trabalhos no Senado vai atrás das assinaturas necessárias para alcançar seu objetivo. A garantia foi dada pelo próprio parlamentar, hoje, 11, durante entrevista ao radialista Narcizo Machado, durante o Jornal da Fan.
Na primeira tentativa de instalar a CPI da Lava-toga, Alessandro conseguiu as 27 assinaturas necessárias, mas o processo foi arquivado pela Presidência do Senado no dia 11 de fevereiro. A ideia é investigar possíveis irregularidades nos tribunais superiores, como o uso político do pedido de vistas e conflitos de interesses.
Na ocasião, o presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP), explicou que o arquivamento foi necessário porque o requerimento de instalação estava na pauta do dia, mas não havia as assinaturas necessárias para a abertura da comissão. Ao ser entregue, o requerimento tinha as 27 assinaturas necessárias, mas dois senadores retiraram o apoio.
Segundo o presidente do Senado, retiraram as assinaturas os senadores Eduardo Gomes (SD-TO) e Tasso Jereissatti (PSDB-CE). A mesa diretora registra a retirada das assinaturas de Tasso e Kátia Abreu (PDT-TO).
Para o senador Alessandro Vieira, autor da CPI, o arquivamento do processo foi irregular. Diante disso, para otimizar o tempo, ele optou por fazer um novo requerimento.
Durante a entrevista, o senador também falou sobre a polêmica, que na última semana envolveu o modelo de contratação implantado por ele, para composição da sua equipe.
Uma coluna do site “Época”, trouxe a informação de que “Alessandro Vieira contratou como assessor de seu gabinete o próprio suplente, Fernando Carvalho, com salário de R$ 6.082,47″.
O senador minimizou o fato e garantiu transparência ao processo seletivo defendido por ele para composição de sua equipe de assessores. “Outros veículos de imprensa tentaram fazer o desgaste político do meu mandato, mas ligaram e tiveram acesso às devidas informações e desistiram. Já a Época optou por publicar uma notinha sem ter entrado em contato conosco”, lamentou.
Alessandro disse ainda, que sua assessoria será composta por 20 assessores, divididos entre Sergipe e Brasília, sendo que 14 deles foram escolhidos pelo processo seletivo e seis por escolha individual, medida permitida por lei.
O parlamentar finalizou a entrevista informando que espera ter uma resposta ainda esta semana sobre a situação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras (Fafen) em Laranjeiras (SE), que está em processo de hibernação. Alessandro lidera um grupo de atuação que pede a reversão desse processo.
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