Aracaju está concorrendo, na categoria música, ao título Rede de Cidades Criativa, da Unesco, juntamente com Belo Horizonte (MG), na categoria Gastronomia; Cataguases (MG) em Cinema; e Fortaleza (CE) no segmento Design. O resultado sai até o fim de outubro.
Ao se candidatar ao título de Rede de Cidade Criativa da Música, Aracaju pretende estabelecer uma poderosa indústria criativa com investimentos nacionais e internacionais, uma vida cultural participativa incluindo os mais vulneráveis e um desenvolvimento urbano onde a música é um fator estratégico de desenvolvimento sustentável.
Do ritmo tradicional de forró, a cidade hoje se reinventa em misturas de rock e jazz, além de ritmos contemporâneos nos mercados nacionais e internacionais. Principal ativo da economia criativa de Aracaju, a cena musical é efervescente com projetos independentes, privados e públicos, além de meio de subsistência para músicos, técnicos e produtores. Quase 250 grupos e artistas ocupam 36 teatros e cinco festivais.
A Rede
Por meio de políticas públicas, boas práticas e projetos de base que promovam a participação de todos – incluindo mulheres, jovens e grupos vulneráveis, a rede coopera de forma decisiva para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas.
Atualmente, a rede, criada em 2004, conta com 180 cidades em 72 países. Oito delas são no Brasil: Belém (PA), Florianópolis (SC) e Paraty (RJ), no campo da Gastronomia; Brasília (DF) e Curitiba (PR), no do Design; João Pessoa (PB), em Artesanato e Artes folclóricas; Salvador (BA), na Música; e Santos (SP), no Cinema.
Para a coordenadora de Meio Ambiente, Cultura e Economia Criativa do Ministério do Turismo, Nicole Facuri, o aproveitamento dos setores da economia criativa como ativos para agregar valor e desenvolver novos produtos e destinos turísticos são de grande importância para a diversificação da oferta turística nacional, sobretudo no Brasil, que tem a criatividade como diferencial.
“O turismo criativo ou turismo de experiência representa uma tendência de consumo em todo o mundo. O MTur tem apoiado ações que promovam e incentivem o consumo de produtos turísticos estruturados a partir do capital cultural, intelectual e na criatividade, como audiovisual, design, gastronomia, conteúdos literários, artes visuais, entre outros”, ressalta Nicole.
Como fazer parte
Para integrar a rede, a cidade deve preparar um plano de desenvolvimento no campo criativo em que a região se candidatou. O processo de seleção é feito por dois comitês: um técnico, com representação em cada categoria, designado pela Unesco; e um comitê de representantes das cidades já integrantes da Rede, em cada categoria.
Ao conquistar o título, a cidade tem a oportunidade de integrar uma rede internacional de cooperação que envolve outros setores criativos, além de participar de projetos estratégicos em âmbito internacional e fomentar a indústria criativa local de forma sustentável e inclusiva.