De acordo com um levantamento realizado por pesquisadores ligados à Rede de Pesquisa Solidária, divulgado no domingo (11) pelo jornal Folha de São Paulo, Aracaju é a segunda capital do Nordeste que mais se adequa às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no que diz respeito aos protocolos de segurança sanitária para o retorno de aulas presenciais.
O grupo analisou decretos, portarias e comunicados oficiais e criou o Índice de Segurança do Retorno às Aulas Presenciais (Israp), atribuindo notas de 0 a 100, em que, quanto maior a pontuação, mais próximas essas medidas estão do que é recomendado pela OMS. Neste índice, Aracaju se destacou como a sexta capital do país e segunda do Nordeste, alcançando a nota 66.
“Além do respeito ao cumprimento dos protocolos sanitários, o retorno pode ocorrer de maneira gradual. Caso o estudante ou responsável não queira retornar presencialmente para a sala de aula, pode optar por permanecer estudando em casa, por meio das aulas virtuais”, pontua a secretária municipal da Educação, Cecília Leite.
A Rede de Pesquisa Solidária é uma rede multidisciplinar e multi-institucional, criada voluntariamente para produzir análises integradas de políticas públicas desenvolvidas ou adotadas em resposta à pandemia do novo coronavírus. Neste estudo, o grupo avaliou as providências tomadas pelos governos federal, estaduais e municipais sobre a retomada das aulas presenciais.
No levantamento, foram avaliados alguns quesitos, como transporte, distanciamento, higiene, ensino remoto, máscaras, ventilação, imunização e testagem.
Desde o ano passado, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), tem realizado diversas ações que visam o cumprimento das medidas sanitárias recomendas pela OMS no que diz respeito à retomada de aulas presenciais. Com verbas do Governo Federal (PDDE Emergencial) e do governo municipal (Prefin), as 74 unidades de ensino de Aracaju se equiparam com itens de higiene pessoal e coletiva.
As escolas adquiriram dispensadores para álcool, sabonete líquido e papel toalha, pulverizadores spray, termômetros digitais infravermelho, lavadoras de alta pressão, fitas para demarcação, tapetes sanitizantes, hipoclorito de sódio, álcool, máscaras, luvas, totem pia personalizado, entre outros.
Com recursos do Programa Saúde na Escola (PSE), serão distribuídos para os alunos cerca de 140 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras, protetores faciais, porta-máscaras, garrafas de água de uso individual, entre outros.
Além disso, foi realizada a instalação de pias em escolas que ainda não possuíam este acessório no refeitório. Também foi feita a avaliação física de todas as janelas das unidades de ensino, para verificar o funcionamento e garantir a circulação de ar nas salas de aula.
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