A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), ampliou, nesta segunda-feira, 21, a vacinação contra covid-19 para a população com idade entre 6 meses e menores 3 anos. Mil doses do imunizante Pfizer Baby foram encaminhadas pelo Ministério da Saúde e estão sendo aplicadas em cinco Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital.
As crianças nessa faixa etária podem ser vacinadas nas seguintes UBSs: Augusto Franco (Farolândia), Onésimo Pinto (Jardim Centenário), Francisco Fonseca (18 do Forte), Celso Daniel (Santa Maria) e João Bezerra (Mosqueiro). Com exceção das últimas duas, cujo horário de vacinação é de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, as demais funcionam em horário estendido, das 8h às 18h.
De acordo com a secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza, a nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde informa que não é necessário intervalo entre as aplicações da vacina contra a covid-19 e os imunizantes de rotina das crianças. Além disso, podem imunizar-se tanto aquelas que apresentam algum tipo de comorbidade quanto as que não apresentam.
“Estamos disponibilizando cinco Unidades Básicas de Saúde para este público, visto que recebemos apenas mil doses para imunizar um total de 25 mil crianças nesta faixa etária. Não haverá distinção para grupos com comorbidades ou sem comorbidades. Fazemos uma alerta sobre a necessidade de procurar a vacina, tanto para as crianças quanto os adultos, uma vez que estamos vivendo um aumento no número de casos, uma realidade da capital e nacional por conta de uma subvariante da ômicron que está circulando”, explica a secretária.
Prevenção
Aliada à política de promoção da vacinação, a SMS tem alertado para a necessidade de retornar com mais afinco e atenção as medidas de proteção sanitária individuais, de maneira a impedir que os novos casos continuem escalando.
“Para se ter uma ideia, nos últimos 15 dias os números de casos cresceram mais de 200% e a positividade de exames cresceu cerca de 30%, no mesmo período. Assim, recomendamos que as pessoas, sobretudo aquelas com algum grau de vulnerabilidade, como idosos, imunossuprimidos e portadores de comorbidades, voltem a usar a máscara nos locais fechados e com aglomeração para se proteger”, aponta Waneska.
A jornalista Emilly Moura, mãe de Carolina, 2 anos, foi à UBS Augusto Franco para vacinar a filha, atenta aos aumentos de casos e buscando assegurar o bem-estar de sua família, após momentos de susto com a pandemia.
“É um alívio. Só esta faixa etária ainda estava desprotegida e ela [Carolina] teve covid-19 quando tinha três meses. Então, corri para vacinar logo no primeiro dia. Quem puder venha também, porque a vacina salva”, estimula a jornalista.
A cabeleireira Sandra Moura, mãe da Maria Eduarda, 2 anos, procurou o mesmo local de vacinação e acredita que a imunização é uma questão também de saúde coletiva.
“É a forma de proteger a nossa família, e a do vizinho e de todo o Brasil. A gente sabe que o vírus não está de brincadeira, então espero que todo mundo tenha consciência de vacinar seus pequenos. Sei que muitas mães estão na dúvida, mas espero que ela não prevaleça”.
A UBS Onésimo Pinto, por sua vez, foi o local escolhido pela psicóloga Michelle da Conceição para imunizar a pequena Luna Liz, de 1 ano e 3 meses. Ela ressalta a segurança do imunizante e a importância de valorizar a ciência frente aos boatos de redes sociais.
“A vacina traz segurança para minha família e para a de todas as crianças que têm contato com ela. A vacina é uma vitória da ciência e a gente precisa acreditar. Não é à toa que o índice de mortalidade infantil caiu ao longo dos anos, isso está ligado aos investimentos na ciência e nas vacinas. Então, não tenham receio, tragam as crianças para serem vacinadas, porque isso vai garantir que elas cresçam saudáveis”.