A favor do Estado Democrático de Direito, da manutenção da presidente Dilma Rousseff no poder, mas contra a política econômica do governo federal. Estes foram os pontos principais da caminhada realizada, hoje, em Aracaju, organizada pela Frente Sergipana Brasil Popular, que reuniu cerca de 3,5 mil pessoas. O número é bem abaixo que o previsto, na última quarta-feira, quando eram esperadas 15 mil. Entre os presentes, estava o tesoureiro nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Márcio Macedo, que disse não aceitar a intolerância da direita e defendeu a permanência de Dilma Rousseff.
Segundo Márcio Macedo, que representou o PT nacional no ato, as pessoas têm o direito de manifestação, mas o que está ocorrendo no Brasil é uma intolerância. “Estão tentando criar um estado de exceção no país”, disse, ao se referir a partidos ligados à direita. Ele diz que luta para que o país não volte ao passado, quando a população foi escravizada. A deputada estadual do PT, Ana Lúcia Menezes, defendeu a presidente Dilma Rousseff, mas disse que não concorda com a política econômica do governo que prejudica estudantes, servidores públicos e iniciativa privada.
O diretor da Central Única dos Trabalhadores, Roberto Silva, tem o mesmo discurso. Ele afirma que, também, não concorda com a política econômica e que essa manifestação é uma forma de alertar a presidente Dilma deste descontentamento da população.
Inicialmente, o ato da Frente Sergipana, que congrega 30 sindicatos e entidades de classe, tinha previsto uma caminhada por várias ruas da capital até chegar à avenida Tancredo Neves, onde o ato seria encerrados com discursos em frente ao Teatro Tobias Barreto. No entanto, no meio do percurso houve uma mudança e os discursos ocorreram na praça Fausto Cardoso, no centro de Aracaju. Para esse ato, a Frente mobilizou pessoas de diversos pontos do Estado, que vieram em 40 ônibus.