Os bancários de Sergipe poderão entrar em greve, a partir do dia 6 de outubro, seguindo orientação do comando nacional da categoria. O comando nacional dos bancários está orientando a todos os sindicatos e federações do País para realizarem assembleias extraordinárias na próxima quinta-feira, dia 1º de outubro, propondo os indicativos de greve e de rejeição à contraproposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). No dia cinco de outubro, o comando orienta também a realização de assembleias organizativas do movimento grevista.
Além do reajuste salarial de 16%, que inclui a reposição da inflação mais 5,7% de aumento real, os bancários reivindicam participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa de R$7.246,82; 14º salário; piso salarial equivalente ao salário mínimo indicado pelo Dieese, que hoje é de R$3.299,66; aumento no valor dos vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá para R$788,00 ao mês cada; garantia de emprego, fim da pressão por metas e do assédio moral, dentre outras questões importantes.
“Depois de longas rodadas de negociações e com todo o lucro obtido pelos bancos, a Fenaban mantém sua intransigência. Nacionalmente, os dirigentes dos sindicatos de bancários lamentam essa postura dos banqueiros e pedem apoio à população, clientes e usuários à causa dos funcionários das instituições financeiras. Trata-se de um dos setores econômicos mais poderosos do País e que vem adoecendo os seus trabalhadores e trabalhadoras com metas inatingíveis, para extrair lucros fabulosos”, afirma Ivânia Pereira, presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe.
Em Aracaju, a Campanha Nacional dos Bancários 2015/2016, que traz o mote “Exploração não tem perdão” foi lançada no dia 21 de agosto. Desde o lançamento, o sindicato intensificou as visitações nas agências bancárias do setor público e privado para manter a mobilização da categoria e buscar o apoio da sociedade.
De acordo com o secretário de Esporte do sindicato, Adilson Azevedo, a campanha não está reduzida a questões salariais dos funcionários. “A nossa pauta é ampla. Defendemos o fim das filas e melhores condições de trabalho que afetam diretamente todos os clientes e usuários de bancos”, destaca Adilson Azevedo.
Em São Paulo, durante a sexta rodada de negociações, a Fenaban apresentou na manhã de hoje a proposta de 5,5% de reajuste salarial e um abano no valor de R$ de 2.500,00. Os bancários reivindicam o reajuste salarial de 16%, que inclui a reposição da inflação mais 5,7% de aumento real. Quanto à participação nos lucros e resultados (PLR), a categoria quer três salários mais parcela fixa de R$7.246,82.