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Biorrevolução ou revolução pela vida?

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Uma breve apresentação

Iginio Rivero Moreno (*)

Amigos leitores, quero propor através destas linhas, um espaço de reflexão do pensamento que estimule a construção de atitudes críticas frente a uma realidade cada vez mais exigente, que demanda disposição real e efetiva, quase de sobrevivência, diante da dinâmica de uma sociedade que muda violentamente.

Não é exclusividade de especialistas das ciências políticas e/ou sociais a possibilidade de interagir a realidade presente. Com uma intenção clara e determinada de estudo e análise desde nossas experiências, podemos abordar estas temáticas constituindo bases para gerar proposições acertadas que propiciem as transformações em favor da vida.

 Sim. Nesse sentido, dizia Erich Fromm em seu livro “A Arte de Amar”, … “o problema enfoca-se nas tendências da sociedade moderna, Eros e Tánatos, Vida e Morte, Biofilia e Necrofilia, dicotomias determinantes de todo o acionar na maneira de existir em nossa época”… a Modernidade.

A época da Modernidade nasce com o Renascimento europeu e chega ao nosso tempo caracterizando um desenvolvimento científico e tecnológico, eticamente questionável, o que responde mais aos interesses financeiros das cúpulas que dominam o poder econômico e político global. É assim que a Biotecnologia abriu as portas a uma Biorrevolução que ameaça, de maneira considerável, contra formas da Vida hoje.

Porém, temas como a ecologia, a economia e seus processos, os empreendimentos produtivos e suas diferentes alternativas, as diferenças ideológicas, os contextos políticos, entre outros, adquirem relevância e um lugar protagônico neste espaço de dissertação.

 Então, é neste ponto, no qual tenho a intenção de colaborar com um modesto aporte que permita a autorreflexão e construção de um conhecimento útil ao desenvolvimento da consciência, para uma ação coerente com a vida.

Leia agora, o texto de estreia de Igino Rivero no Só Sergipe.

 

Revolução

O termo “Revolução” foi quase prostituído pelas diferentes ideologias políticas. Mas, no sentido etimológico, seu significado indica uma mudança profunda e dinâmica, uma transformação certa dos padrões de atuação tradicionais e conservadores. Sem que necessariamente signifique que estes últimos tenham que desaparecer.

Doentes: gripe espanhola Foto: Wikipedia

O ano 2020 trouxe uma quantidade de exigências para mudar. Sem pedir licença, obrigou a humanidade – quase toda – assumir hábitos e rotinas esquecidos, ou nunca executados, para sobreviver esse desafio. Centenário? Uma epidemia “casualmente” cíclica associada com a Peste Negra 200 anos atrás, e a terrível Gripe “Espanhola” de 1918 que cobrou mais de 50 milhões de vítimas no mundo? Ou a uma criação artificial fora de controle mundial? Ou, a uma intencional estratégica dos poderosos pela luta do controle mundial? O tempo falará.

Agora, nós cidadãos do mundo temos que refletir com calma e responsabilidade diante de uma situação que se encontra ainda presente: quais são as causas verdadeiras da pandemia? Como relaciona-se o deterioro ecológico e os maus hábitos de alimentação da população com um sistema imunológico tão débil?  Um sistema da governabilidade ineficiente sem previsão de riscos, sem um sistema da saúde preventivo e um sistema da atenção imediata caótico.

Entretanto, enfrentamos um estancamento econômico que exigirá uma aceleração violenta para tratar de recuperar o perdido neste período. Depredação de florestas, contaminação das águas, emissão de gases tóxicos… O que acontecerá com o ambiente? Quais serão os danos e as consequências ecológicas? Aquecimento global e/ou epidemias pela grande poluição?

Então, é urgente uma mudança de Consciência a favor da VIDA e uma participação dos cidadãos responsáveis e um protagonismo coletivo, uma mudança de pensamento e de maneira de viver de todos, com alternativas que permitam empreendimentos biocompatíveis, para certamente encaminhar a humanidade para um destino diferente, que estaremos apoiando com nossos aportes desde estas linhas…

(*) Poeta e artesão venezuelano. Licenciado em Educação, especializado em Desenvolvimento Cultural pela Universidade “Simón Rodríguez”, Venezuela.

** Esse texto é de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a).  Não reflete, necessariamente, a opinião do Só Sergipe.

 

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Iginio Rivero Moreno

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