O Banco do Nordeste em Sergipe fechou o ano de 2019 com o lucro de R$ 110 milhões, um valor bem superior ao de 2018, que ficou em torno de R$ 75 milhões. O superintendete do BNB no Estado, César Santana, atribuiu o sucesso ao time de funcionários que dirige e prevê que este ano, a locação de recursos seja de R$ 1,5 bilhão. No ano pssado, foi de R$ 1,2 bi.
Em toda a sua área de atuação, o BNB obteve um lucro líquido de R$ 1,73 bilhão em 2019, um crescimento de 135,6% e uma evolução de 93,3% no resultado operacional, alcançando R$ 2,44 bilhões. Foram feitas 5,3 milhões em operações de crédito, que aumentaram 6,5% na comparação com 2018, no valor global de R$ 42,16 bilhões investidos na economia regional.
Estes números do BNB foram divulgados no início da noite da quarta-feira, através de videoconferência com a participação do presidente da instituição, Romildo Carneiro Rolim, de todos os superintendentes e da imprensa. Num determinando momento da videoconferência, Rolim solicitou que César Santana apresentasse os números da superintendência, já que este foi questionado sobre a situação de Sergipe.
De acordo com César Santana, o BNB realizou, no ano passado, 191,7 mil operações de crédito, que representaram um incremento de 11,8%, na comparação com 2018. Em valores, isso significa um investimento de R$ 1,2 bilhão na economia sergipana. Pelo menos R$ 801,3 milhões foram do Fundo Constitucional e Financiamentos do Nordeste (FNE), em 21,04 mil contratações.
Na avaliação do superintendente, os segmentos que mais demandaram foram comércio e serviços com 45% do FNE. “Porém, há um destaque para o setor terciário de clínicas, a partir do surgimento das populares e da ampliação das especializadas, em consequência do vácuo deixado pelo governo estadual na área de saúde”, frisou.
O BNB tem 17 agências em Sergipe, cerca de 130 mil correntistas. “A gente não faz lucro pelo lucro, mas todo o trabalho permitiu esse resultado estruturante que vai beneficiar toda a região nordestina”, afirmou.
Microcrédito
No segmento de microfinanças, o BNB manteve, em 2019, a liderança no país em toda sua área de atuação, aplicando, no total, R$ 13,11 bilhões. Somente no Crediamigo, maior programa de microcrédito produtivo e orientado da América do Sul, voltado para micro empreendedores urbanos, foram R$ 10,60 bilhões relativos a 4,5 milhões de operações, com tíquete médio de R$ 2,2 mil. O crescimento das contratações do programa chegou a 18% em comparação a 2018.
Já no Agroamigo, destinado a agricultores familiares, as aplicações somaram R$ 2,51 bilhões distribuídos em 495 mil contratações, destacando-se que, do valor contratado, 48% beneficiaram especificamente o público feminino.
Os financiamentos às micro e pequenas empresas totalizaram, em 2019, R$ 3,63 bilhões correspondentes a 43,6 mil operações, apresentando crescimento de 24,8%. O setor de comércio, considerando apenas os recursos do FNE contratados no segmento, assumiu a liderança, com aplicações totais de R$ 1,90 bilhão (55,1%).