O Banco do Nordeste aplicou em Sergipe, em 2020, um total de R$ 1,40 bilhão, distribuídos em 204.344 operações de crédito, com incremento de 15,9% em comparação ao valor contratado no ano anterior e de 6,6% em relação à quantidade. Somente com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), foram investidos no Estado R$ 967,2 milhões, com crescimento de 20,7%, correspondentes a 25.777 operações, quantidade 22,5% superior ao registrado em 2019.
O segmento de o segmento de micro e pequenas empresas (MPE) alcançou, em 2020, R$ 248,8 milhões de contratações, com crescimento de 32,1% em relação ao exercício anterior, enquanto o número de operações chegou a 2.598, incremento de 18,1%, em comparação com 2019.
O Crediamigo contratou, no Estado, R$ 441,5 milhões para 178.860 operações. Em termos de valores, o incremento foi de 35,1% mais do que em 2019, enquanto a quantidade cresceu 10,9%. Já o Agroamigo somou R$ 94,3 milhões de operações de crédito, com crescimento de 10,5%, relativamente a 2019, para o montante de 17.941 operações, 5,5% superior ao desempenho do ano anterior.
“Neste ano tão desafiador para todos, o setor produtivo de Sergipe pôde contar com a parceria do Banco do Nordeste. Foi necessário criatividade para se reinventar, atravessar o período e manter as empresas funcionando. E o BNB registrou recorde de aplicações em Sergipe e se mantém ao lado do empreendedor, para fazer a roda da economia girar”, disse o superintendente estadual do BNB, César Santana.
Números globais
Em toda a sua área de atuação, o Banco do Nordeste investiu, no ano passado, montante de R$ 40,07 bilhões, valor correspondente a 5,1 milhões de operações. O banco atua nos nove estados do nordeste e pelo Norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Mesmo em ano atípico, marcado pela crise sanitária mundial, o banco alcançou lucro líquido recorrente de R$ 1,44 bilhão, superior em 12,8% ao resultado do exercício de 2019.
Do valor total aplicado pelo BNB, em 2020, destacam-se as contratações do FNE, que somaram R$ 25,84 bilhões, observando-se incremento de 25,7% na quantidade de operações em comparação com o ano anterior. Esse valor equivale a 711 mil operações. Somente nos setores rural, industrial, agroindustrial, turismo e de comércio e serviços, foram injetados R$ 19,08 bilhões. Projetos de infraestrutura totalizaram R$ 6,63 bilhões.
Dentro da preocupação com a sustentabilidade, o banco totalizou inversões no Programa FNE Verde Pessoa Física, voltado para a microgeração de energia, no montante de R$ 112,9 milhões. Já o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), também com recursos do FNE, somou R$ 11,7 milhões, permitindo estudantes ingressarem no ensino universitário.
Para o presidente do banco, Romildo Rolim, “os resultados de 2020, considerando os desafios inéditos na história da Instituição, demonstram inequivocamente a importância do papel do Banco do Nordeste para a Região, na medida em que as políticas do Governo Federal sintetizam a preocupação com a manutenção dos empregos e com o bem-estar da população”.
FNE Emergencial
Ainda no enfrentamento dos desafios de 2020, o Banco destinou a empreendimentos da região R$ 3 bilhões, por meio do FNE Emergencial, linha criada pelo Governo Federal para minimizar os efeitos da crise econômica gerada pela pandemia. Também lançou o FNE Saúde e criou o FNE Startup, primeira linha de crédito da América Latina para startups.
Além disso, promoveu a regularização de mais de R$ 3,00 bilhões de créditos, correspondentes a 160,9 mil operações. Assim, o Banco do Nordeste associou-se de forma efetiva ao esforço nacional de combate aos efeitos causados pela Covid-19, promovendo renegociação emergencial de dívidas, como forma de mitigar as dificuldades financeiras enfrentadas pelos empreendedores da Região. Para tanto, utilizou instrumentos digitais e automatizados, agilizando o processo de renegociação sem que os clientes precisassem ir às unidades do Banco.
Ressalte-se, ainda, que, do total dos recursos do Fundo aplicados na região, 54,5%, correspondentes a R$ 14,08 bilhões, beneficiaram empreendimentos localizados no Semiárido, seguindo diretriz da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) de desconcentrar espacialmente os financiamentos do FNE.
MPE e microfinanças
Estratégico na atuação do Banco do Nordeste, o segmento de micro e pequenas empresas (MPE) registrou, em 2020, contratação recorde de R$ 4,61 bilhões, distribuídas em 49,4 mil operações de crédito, apresentando crescimento de 26,7% em relação ao exercício anterior.
Já nas microfinanças, o BNB manteve performance crescente, ao desembolsar, em 2020, valor total de R$ 15,02 bilhões, que correspondem a quase 5 milhões de operações. Desse total, R$ 12,11 bilhões foram contratados no âmbito do microcrédito urbano, por meio do Crediamigo, equivalendo a 4,4 milhões de operações de crédito.
A liderança do banco na microfinança urbana, por meio do Crediamigo, maior programa de microcrédito da América do Sul, evidencia-se, também, na capacidade operacional de realizar média de 17,7 mil contratações ao dia, mantendo, ao final do exercício, 2,2 milhões de clientes ativos.
No âmbito do microcrédito rural, em 2020, o Banco do Nordeste contratou 564,8 mil financiamentos, no valor de R$ 2,91 bilhões, beneficiando agricultores familiares da Região e registrando crescimento de 15,5% comparativamente a 2019. Em 2020, o Agroamigo comemorou 15 anos de criação, com a marca de R$ 20 bilhões aplicados, contando, ao final do exercício, com 1,3 milhões de clientes ativos, dos quais 76,17% estão no Semiárido e 85% enquadram-se na faixa de baixa renda.