Eduardo Porto faz a primeira exportação de cachaça sergipana para Portugal Foto: Só Sergipe
Por Antônio Carlos Garcia (*)
No prazo que varia de uma semana a 30 dias, as primeiras mil garrafas da cachaça Novo Horizonte Premium seguirão para Portugal. Elas são produzidas pela Cachaçaria Novo Horizonte, localizada no município de Laranjeiras, a 18 quilômetros de Aracaju. O exportador Luís Eduardo Porto, um dos donos da cachaçaria e CEO da trading LPS Comex, com sede em Miami (EUA) e filiais em diversos Estados brasileiros, abriu uma filial em Portugal, em 2023. Após diálogos com um fornecedor português, Porto conseguiu, finalmente, fechar o negócio.
“Importamos 25 contêineres de bacalhau, e agora o mesmo fornecedor está importando para Portugal nossa cachaça, produzida em Sergipe.”, explicou Eduardo Porto. Segundo ele, “tudo está progredindo bem, e em breve anunciaremos oficialmente que a carga está a caminho da Europa. Por meio desse fornecedor, a cachaça será enviada para a Espanha e, posteriormente, poderá expandir-se para a Bélgica, França e outros países”.
De acordo com Eduardo Porto, “o comércio exterior não é tão simples como comprar um produto no supermercado. Existem diversos trâmites, como a análise de ‘booking’, que determina quando a carga pode ser embarcada. Além disso, o exportador está providenciando a certificação de um órgão semelhante à Anvisa, em Portugal. Porto se refere ao Infarmed, que é a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde. Embora a cachaça não seja um medicamento, há exigências relacionadas a padrões de segurança alimentar”.
No Brasil, Porto obteve, com sucesso, a autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária. “Além disso, também precisávamos do documento MSDS, essencial para o transporte em navios, pois a cachaça com mais de 36% de teor alcoólico é considerada carga perigosa. Já conseguimos esse documento”, frisou. A Novo Horizonte Premium tem teor alcoólico de 40%. O documento MSDS (Material Safety Data Sheet) serve para informar sobre os perigos e riscos de substâncias químicas e misturas. Também é conhecido como Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) no Brasil.
Quanto ao total de litros a ser exportado – 1 mil – para terras lusas, Eduardo Porto afirma que a quantidade é expressiva para a introdução no mercado europeu. “Grandes marcas começaram pequenas, como a cachaça 51, que há 10 anos exportava apenas 500 garrafas (500 litros) e hoje envia dezenas de contêineres por ano”, afirmou.
Atualmente, a Cachaçaria Novo Horizonte produz sob demanda, podendo chegar até 10 mil litros. A empresa fabrica três tipos de cachaça: a Catingueira, mais acessível, cuja garrafa custa cerca de R$ 30; a Reserva do Porto, que varia entre R$ 50 e R$ 60; e a Novo Horizonte Premium, de alto padrão, que custa entre R$ 135 a R$ 150. “Claro que o valor do litro que estou enviando para Portugal é bem mais caro”, disse, sem revelar os valores.
A cachaçaria tem 25 anos de existência, mas a família Porto trabalha com fazendas de cana-de-açúcar, em Laranjeiras, há muito tempo. “Meu avô, Valdemar de Souza Porto, produzia cachaça apenas para consumo local e não comercializava. Na verdade, quem começou foi meu bisavô”, disse Ricardo Porto, atualmente, responsável direto pela empresa.
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