Durante pouco mais de uma hora, que valeu para a eternidade, as mulheres foram o centro das atenções no show “Um tom de mulher”, promovido pelo Centro Artístico Musical (CAM), na noite da quarta-feira, 6, no Reciclaria – Casa de Artes, localizado bairro Aeroporto. As alunas mostraram, através das canções, o quanto as mulheres são lindas, carinhosas, lobas, de personalidade forte, enquanto os alunos cantaram, por exemplo, que por causa da mulher, que o super-homem restituiu a glória e, como um Deus, mudou o curso da história.
O show foi aberto com o instrumental da música Wave, de Tom Jobim, executado pelos professores do CAM, seguido da apresentação do casal Gabriel e Nayr, que cantaram Guantanamera. “Adoro me apresentar, adoro cantar”, disse Nayr, 90 anos, ao lado de Gabriel. Depois foi a vez de Leda Pinheiro cantar História de um amor, de Luiz Miguel, arrancando aplausos do público.
Para chamar cada cantor, o diretor pedagógico e músico do CAM, Wesley Barbosa, foi o mestre de cerimônias. “Estamos trazendo um show para que todos guardem na memória, neste espaço ímpar”, disse, referindo-se à Reciclaria – Casa de Artes. O show teve a participação dos professores, orientadores e, claro, dos alunos que soltaram a voz e mostraram suas habilidades nos mais diversos instrumentos, a exemplo de Ronisson Nascimento, que acompanhou no piano o amigo Murilo Monteiro, que cantou Rosa, de Orlando Silva e Pixinguinha.
Exímios nos instrumentos, Maria Paula Porto Barbosa, na bateria, e o baixista Mateus Osório, acompanharam Bruna e Júlia que cantaram Time after Time, de Cindi Lauper. O mestre de cerimônias lembrou a irreverência da cantora norte-americana que costuma pintar o cabelo com cores chamativas. Numa outra apresentação, sete garotas adolescentes soltaram a voz com canções de Taylor Swift, Madona e Miley Cyrus. Animadíssimas, essas meninas improvisaram, com muito ritmo e cadência, um backing vocal quando o amigo delas, Gabriel Cavalcante, cantou Perfect, de Ed Sheeran. Elas soltaram a voz no refrão que começa assim: “Baby, I’m dancing in the dark with you between my arms”. Numa tradução literal do inglês essa frase significa o seguinte: “Querida, estou dançando no escuro com você entre meus braços”.
Mari Santos, uma revelação, acompanhada por Wesley e MaitêA festa em homenagem às mulheres, teve um momento de superação que não estava no script. A cantora Maitê apresentou Garota de Ipanema, de Tom Jobim, e ao concluir, Wesley chamou ao palco Mari Santos, para uma canja com essa mesma canção. Mari protagonizou um dos momentos mais marcantes do espetáculo. Portadora de deficiência visual, Mari encontrou na música, a sua luz. “A música é a minha vida, porque sem a música nada tem sentido para mim”, disse Mari, que tem Elis Regina como sua musa inspiradora para o canto.
Enquanto Elis é a musa de Mari, a aluna do CAM, Mary Nadja Freire de Almeida Seabra é a musa do esposo Eduardo Seabra, que não perde um espetáculo. Mary Nadja cantou “A loba, de Alcione, canção que mostra a força da mulher: “Debaixo da pele de gata, eu escondo uma loba”. “Ela canta muito em casa”, disse Eduardo, ao contar que eles têm 40 anos de casados, e que Mary, além de cantar, toca piano, acordeon e violão. Mary Nadja, por sua vez, disse que começou a estudar com Zeq Oliver e agora está com a Patrícia Sandes, no CAM. “Amo música”, revela. Ocupado com sua biblioteca, Eduardo que é promotor de Justiça aposentado, ainda não enveredou pela música. Deixa isso para Mary Nadja, juíza de direito aposentada.
Além da força d’A Loba, outras músicas seguiram exaltando a força da mulher – Big Girls don’t cry- de Fergie, cantada por Odeane; Você é linda, de Caetano Veloso, cantada pela dupla Tetê Lima e Vitor, acompanhados da pianista Valéria Moraes. A aluna Carol Lira, com animação e gingado, interpretou Falsa Baiana, de Ciro Monteiro.
E Paulo Victor cantou Superhomem, de Gilberto Gil, revelando que “um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria, que o mundo masculino tudo me daria, do que eu quisesse ter”. Como vê nessa linda canção de tributo à mulher, pensar assim é pura ilusão. Afinal, mulher, “você é linda, e sabe viver; você me faz feliz; esta canção é só pra dizer e diz”.
Diz Friedrich Nietzsche que “nada é tão nosso como os nossos sonhos”. O show “Um tom de mulher” é um trabalho conjunto e o “grande sucesso do CAM está no espírito coletivo”, afirma o Wesley Barbosa. Os alunos do CAM tem a equipe Dreammakers – fazedores de sonhos -, que merece todas as honras. São eles: Roberta Porto, Ana Lúcia, Bianca Finato, Allex Costa na recepção e administração; André Maia, na Comunicação Social; Cleverton Ribeiro, fotografia. E os professores Patrícia Sandes, Adson Feitosa, Gabriel Galvão, Beto Feitosa, Robson Souza, Danyel Nanume, Ronisson Nascimento e Wagner OIiver. Todos eles contribuem para que cada aluno do CAM realize seus sonhos. Afinal, voltando a Nietzche, “sem música a vida seria um erro”.
A capital sergipana já está em ritmo de contagem regressiva para a realização do…
Por Diego da Costa (*) ocê já parou para pensar que a maioria…
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e…
Por Sílvio Farias (*) Vinícola fundada em 1978 com o nome de Fratelli…
Por Acácia Rios (*) A rua é um fator de vida das cidades,…
Com a realização do Ironman 70.3 Itaú BBA, a maior prova de triatlo da…