quinta-feira, 14/11/2024

Leitura Crítica

Paixão, história e amor – sobre “Vinho e Cultura”, de Sérgio de Paula Santos

Por Léo Mittaraquis (*)   “Guardar um bom vinho para as próximas gerações torna-se não apenas uma dádiva ao futuro, mas uma homenagem ao próprio vinho e uma prova de confiança no presente. Sérgio de Paula Santos   Impossível não concordar com o prefaciador deste livro, Renato Ratti, quanto ao status do autor: “uma pessoa realmente culta e apaixonada”. Ambos, …

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Origem, Natureza e Prato: Sobre “Comida e Cozinha — Ciência e Cultura da Culinária”

  Por Léo Mittaraquis (*)   “A gastronomia é o conhecimento racional de tudo           que respeito ao homem quando se alimenta” Jean Anthelme Brillat-Savarin     Este livro, de quase mil páginas, nasceu após despretensioso questionamento durante um jantar. Segundo o autor, “certo amigo, de Nova Orleans”, perguntou, em tom de conjectura, por que o feijão era uma comida …

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A sagração, o sublime – sobre “Beleza”, de Roger Scruton

  Por Léo Mittaraquis (*)   “Daí lhe vem a sua verdadeira beleza: pois o belo só existe como unidade total e subjetiva, o sujeito do ideal, subtraído ao estado de dispersão em que vivem as individualidades da vida real com seus fins e aspirações heterogêneos, concentra-se em si mesmo e ergue-se a uma totalidade e autonomia superiores” W. F. …

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Sardinhas, cerveja e manteiga de amendoim – A rua das ilusões perdidas, de John Steinbeck

Por Léo Mittaraquis (*)   Cannery Row, em Monterey, Califórnia, é um poema, um mau cheiro, um rangido, uma qualidade de luz, uma tonalidade, um hábito, uma nostalgia, um sonho. John Steinbeck     Publicado em 1945, “A Rua das Ilusões Perdidas” chegou às minhas mãos quarenta anos depois. Já conhecia Steinbeck de “A Leste do Éden”, “As Vinhas da …

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Vinho na Literatura – Quando o rótulo também se torna um personagem

Por Léo Mittaraquis (*)   Como a fermentação no vinho, jorrava nela a expectativa de que morte e horror não fosse a última palavra da verdade. Robert Musil, O homem sem qualidades     Vinho e literatura sempre andaram de mãos dadas. Diria eu, sem receio de exagero, que o rubro [também tirante ao rosa, ao dourado, ao palha] líquido …

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Dias Perfeitos — Sobre o falar ou o dizer somente o necessário

  Por Léo Mittaraquis (*)   “Mesmo quando me tornei cineasta, no que diz respeito às imagens, continuei a aprender mais com as pinturas do que com os filmes” Wim Wenders   O Leitura Crítica, neste sábado, ao invés de comentar um livro, comentará um filme. É, concordo, coisa fora da curva. Talvez possa fazê-lo como se, além de ver, …

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Saúde Gramatical: o valor do vocativo na construção do sujeito e da comunidade – A propósito de “A Origem da Linguagem”, de Eugen Rosenstock-Huessy

“Uma linguagem legítima é uma linguagem com formas fonológicas e sintáticas legítimas, isto é, uma linguagem que responde aos critérios habituais de gramaticalidade, e uma linguagem que além daquilo que diz, o diz constantemente bem. Pierre Bourdieu. Saúde Gramatical: o valor do vocativo na construção do sujeito e da comunidade – A propósito de “A Origem da Linguagem”, de Eugen …

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Pena que Lavra, Tintura e Grada – A propósito de “Caderno Croqui (1985 — 1996)

Ronaldson Sousa

Léo Mittaraquis (*)   O poeta e o artista plástico/gráfico [assim eu o considero] propõe-se ao apanhado. E entre dois marcos, 85 e 96, dispõe seus versos e seus traços. Em ambos há cores. E diria, também, sua música. Ora, pois, sim: Ronaldson, ademais, é elegante compositor. Sei que o artista dialoga bem com o potencial polissêmico inerente à poesia. …

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Fulvia, Maria e Petra – A propósito de A Casa do Lago da Lua, de Francesca Duranti

Léo Mittaraquis (*)   Francesca Duranti, nascida Francesca Rossi, tornou-se uma figura proeminente na literatura italiana. Segundo críticos da sua obra, Duranti manifesta uma prosa notadamente perspicaz e emocional. Seus livros continuam a ser lidos e apreciados pelo público, tanto na Itália como em outros países, sendo muito bem aceita na França, na Alemanha e na Espanha. É muito pouco …

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Marcelo Ribeiro em Dois Tempos

Escritor Marcelo Ribeiro

  Por Léo Mittaraquis (*)                                                                        “Quando escrevo,                                                                         respiro a solidão                                                                         dos que ainda se calam                                                                         por dever de ofício”                                                                           …

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