Por Acácia Rios (*) Numa mesa do quintal Sobre jornais velhos A jaca se abria em mil bagos amarelos Cheiro e resina colavam-se nas digitais. (…) Pinceladas de amarelo jaca No tabuleiro de xadrez Desenham calçadas aromáticas. Poética da jaca, Acácia Rios Uma crônica com a leveza da estação, é o que proponho aqui, ao falar sobre uma …
Leia Mais »Literatura&Lugares
Hermes-Fontes: um poeta e gênio atormentado
Por Acácia Rios (*) E saber que eu julguei que essa insensível pudesse amar-me como a um seu irmão! e possibilitei nesse impossível dar forma eterna à minha aspiração! Esfinge, esfinge! desgraçadamente. maior, mais vasto que o deserto ambiente é o deserto que tens no coração. Esfinge, Hermes Fontes O nome Hermes-Fontes atravessa a vida dos aracajuanos. As inúmeras placas ao …
Leia Mais »São Cristóvão – Poética de uma cidade histórica
Por Acácia Rios (*) Não havia nada além dela ali, parada na solidão daquela praça, ouvindo o sibilar do vento por entre os galhos das árvores. Onde estavam os ruídos das festas? Onde estavam as estrelas? E as milhares de pessoas? E o Fasc?” César Ribeiro, Fantástico sergipano São Cristóvão, a quarta cidade mais antiga do país, está ali, …
Leia Mais »Aracaju no começo do século 20 vista por um cronista francês
Por Acácia Rios (*) O habitante de Sergipe tem personalidade viva, susceptível; delicado em aparência e espírito, é rancoroso e ao mesmo tempo prático. Paul Walle Na crônica de hoje, volto ao tema de minha primeira publicação neste portal (“Aracaju pelo olhar de um viajante alemão”) para falar, desta vez, de outro cronista europeu que passou por Sergipe na década …
Leia Mais »A poética do cotidiano em Cama de Vento, de Ilda Rezende
Por Acácia Rios (*) Quando uma dona de casa… Resolve ser poeta, ai ai, a coisa pega Pois os objetos caseiros passam a ter Vários outros significados. (…) A pia pirou ao ver o pinto pelado A tábua tapou o buraco da pia O tanque criou asa e voou com o sabão O batedor de bife, mesmo desdentado …
Leia Mais »Quem conta um conto – Sílvio Romero e suas múltiplas identidades
Por Acácia Rios (*) Nem tudo os mestres ensinam aos seus aprendizes, respondeu o gato. “A onça e o gato”, conto popular recolhido por Sílvio Romero. Volto ao encontro da rua Sílvio Romero com a avenida João Ribeiro (mencionado na minha antepenúltima crônica) e às inúmeras possibilidades narrativas que esse cruzamento engendra. Desta vez, para falar de …
Leia Mais »La traviata – primeira e única ópera encenada em Aracaju completa 30 anos
Por Acácia Rios (*) Vamos beber, vamos beber nos cálices alegres Que a beleza adorna E que o efêmero momento se embriague de prazer. Brindemos aos doces tremores que o amor desperta. Libiamo ne’lieti calice, Verdi A voz do tenor Sabino Martemucci no meio da tarde bastou para me remeter a um momento que considero singular em Aracaju: …
Leia Mais »João Ribeiro e Sílvio Romero: dois gigantes sergipanos e suas efemérides
Por Acácia Rios (*) A rua é um fator de vida das cidades, a rua tem alma! (…) A rua é a transformadora das línguas. A rua continua matando substantivos, transformando a significação dos termos, impondo aos dicionários as palavras que inventa, criando o calão que é o patrimônio clássico dos léxicons futuros”. João do Rio, A alma encantadora das ruas …
Leia Mais »Amizades vegetais – Humberto de Campos e seu amigo cajueiro
Por Acácia Rios (*) Cai sob o murro do vento e a doçura não se estraga para o ouvido ávido em captura: os cajus são pomos dourados a mais pura gostosura. Ronaldson Aracaju Cajueiro arara cor de sangue. Caetano Veloso Ao presentear-me com um punhado de cajus avermelhados, olorosos e dulcíssimos, a minha aluna Valéria Vieira suscitaria …
Leia Mais »Elogio aos professores
Por Acácia Rios (*) De novo eu lhe disse que não sabia; e ela me tornou: – Imaginas então algum dia te tornares temível nas questões do amor, se não refletires nesses fatos? – Mas é por isso mesmo, Diotima – como há pouco eu te dizia – que vim a ti, porque reconheci que precisava de mestres. …
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