Neste 7 de setembro, dois segmentos totalmente antagônicos irão para as ruas. As Centrais Sindicais farão, a partir das 8 horas da manhã, no Conjunto Marivan, a 27ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas com o “Fora Bolsonaro”. Já os empresários, reunidos em diversos movimentos, se concentrarão, às 14 horas, nos Arcos da Atalaia, para uma carreata pelas principais ruas da capital, “pelo bem do Brasil, bem de Sergipe e prontos para a luta”.
Roberto Silva explicou que durante o ato haverá uma campanha solidária de arrecadação de alimentos e roupas para serem doados às famílias carente do Marivan. Depois, eles sairão em caminhada até o 17 de março quando haverá um ato ecumênico.
Essa é a segunda vez que o Grito dos Excluídos é realizado em um bairro. No ano passado foi no bairro Cidade Nova, devido à suspensão da parada militar na avenida Barão de Maruim. “Estaremos novamente num bairro pobre onde as pessoas carentes sofrem mais. Vivemos num cenário terrível e o presidente parece estar em outro mundo, fora do planeta”, lamenta Roberto Silva.
“Não estamos aqui para definir luta entre direita e esquerda. Estamos aqui para falar de Brasil, de família, discutir a melhoria econômica e, principalmente, para protestarmos diante do momento que estamos vivendo”. A afirmação é do empresário Marco Pinheiro, do Movimento Empreendedores Verde-Amarelos, que se reuniu na noite da quarta-feira, no auditório da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) para organizar a mobilização do 7 de setembro.
A concentração será em frente aos arcos da Orla, a partir das 14h. Será feito um “pitstop” para a venda de bandeiras e camisas. De lá sairá uma carreata em um trajeto simples, de 8 quilômetros, com seis trios elétricos, que irão até o Calçadão da Praia Formosa, no Bairro 13 de Julho. O evento será encerrado com o hasteamento da bandeira, toque do hino nacional e uma oração. Também será feita a coleta de alimentos para doação às instituições de caridade.
Para Djenal Queiroz Neto, Aliança Ruralista, o ato do Dia 7 tem conquistado ainda mais adesão. “É um movimento que cresceu bastante, com vários colegas nossos que participam de maneira ativa. Estamos somando com toda a sociedade para o bem do Brasil e também o bem de Sergipe. Estamos todos prontos para a luta”, garantiu.
Segundo Lícia Melo, do Movimento Avança Brasil e uma das organizadoras do ato, a expectativa é reunir centenas de manifestantes, que irão expor a sua insatisfação com a instabilidade política no País. “A mudança só acontece com pessoas trabalhando juntas com o mesmo ideal. Somos cidadãos que querem deixar um futuro para os seus filhos”, afirmou.
O Movimento Polícia Unida divulgou uma nota afirmando que os atos dos grupos pró e contra o presidente Jair Bolsonaro, no 7 de setembro, não são o foco da entidade. “Nossa luta está focada na conquista do adicional de periculosidade para os integrantes das forças de Segurança Pública. A atenção do Movimento está voltada para o governador Belivaldo Chagas e a condução de suas ações, que até o momento demonstram descaso com as necessidades dos profissionais que arriscam a vida diariamente para proteger a sociedade e garantir a paz social”.
“A atividade policial é inegavelmente arriscada, perigosa e por isso seguiremos lutando pelo adicional de periculosidade, direito previsto na Constituição Federal e Constituição Estadual”, destacou Adriano Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE).
O Movimento Polícia Unida é composto por entidades sindicais que incluem policiais civis, policiais militares e bombeiros militares.
O chefe da Comunicação Social da Polícia Militar, tenente-coronel Fábio Machado, disse que em todos os feriados o policiamento é reforçado. Questionado sobre as manifestações de empresários e movimentos sindicais, Machado afirmou que as desconhece.
“Mas o policiamento sempre é reforçado nos feriados”, assegurou Machado.
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