O Centro de Criatividade, unidade vinculada à Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) localizada no bairro Cirurgia em Aracaju, destaca-se pela oferta gratuita de oficinas de música, atraindo participantes de diferentes idades, perfis e níveis de experiência. Um dos pontos altos destas atividades é a inclusão de pessoas neurodivergentes que encontram no ambiente musical um espaço de expressão e desenvolvimento pessoal.
Segundo o professor Lucas Raphael, graduando em música pela Universidade Federal de Sergipe, a diversidade entre idade e estágios dos participantes enriquece o processo de aprendizado. “As turmas incluem alunos desde oito anos de idade até idosos. Quanto ao nível de conhecimento, temos aulas para iniciantes, intermediários e até avançados. O convívio com pessoas que compartilham o amor pela música é essencial”, destacou.
Além dos ganhos individuais, o professor enfatiza o papel da música como ferramenta de inclusão. “Nas aulas todos têm a oportunidade de se expressar e se conectar com os outros, desenvolvendo as suas capacidades. Para os alunos autistas, a música pode atuar como um canal de comunicação, uma forma de interação social e uma maneira de promover o bem-estar emocional. Quando a gente os inclui nas nossas aulas de música, estamos reconhecendo o potencial que cada um desses alunos tem, e incentivando todos os outros alunos a valorizar a empatia e o trabalho em equipe”, concluiu.
Formado no curso técnico pelo Conservatório de Música de Sergipe, Arthur Rangel, 38 anos, é autista e multi-instrumentista. Ele aproveita as oficinas do Centro de Criatividade para aprimorar habilidades no teclado e no ukulele, além de explorar novas áreas como as aulas de teatro e o coral, acompanhado de sua mãe. “Gosto de música desde criança! Comecei a tocar violão no colégio e depois me interessei por outros instrumentos. Minhas expectativas para as aulas são muito boas”, disse.
Já o estudante Jorge Adrian, 13 anos e também autista, começou na oficina de violão para iniciantes. “Estou gostando muito, as aulas são ótimas. Escolhi o violão porque achei o instrumento muito legal e queria aprender mais sobre ele. Espero me sair bem”, afirmou.
A mãe de Jorge, Jéssica Menezes, destacou os benefícios que a música tem trazido para o desenvolvimento social do filho: “Tenho dois filhos nas oficinas, ele e o mais novo. Coloquei os dois para que tivessem uma vivência diferente com a música. Sabemos que ela abre muitos caminhos, ajuda a vencer a timidez e a interagir com outras pessoas”.
Jerusa Clementina, 55 anos, participa das oficinas de teclado, ukulele e coral. “Sempre tive interesse pela música, mas faltava oportunidade. Agora que ela apareceu, abracei com tudo. Estou no começo e ainda é um desafio, mas estou adorando as aulas”, exaltou.
Sobre as oficinas do Centro de Criatividade
Neste segundo semestre de 2024, o Centro de Criatividade oferece cinco modalidades de oficinas: música, fotografia, teatro, dança e artes circenses. Elas são distribuídas em 33 turmas, com um total de 500 vagas para todos os níveis de conhecimento e públicos.
“O Centro de Criatividade é um espaço fundamental para promover a integração social e a convivência comunitária. Oferecendo oportunidades para pessoas de diferentes idades e contextos se conectarem por meio de atividades culturais, artísticas e educacionais, fortalecemos o senso de pertencimento e cooperação, criando um ambiente inclusivo onde o diálogo e a troca de experiências enriquecem as relações interpessoais e a vida em comunidade”, enfatizou o diretor do Centro, Wilson Júnior.
A capital sergipana já está em ritmo de contagem regressiva para a realização do…
Por Diego da Costa (*) ocê já parou para pensar que a maioria…
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e…
Por Sílvio Farias (*) Vinícola fundada em 1978 com o nome de Fratelli…
Por Acácia Rios (*) A rua é um fator de vida das cidades,…
Com a realização do Ironman 70.3 Itaú BBA, a maior prova de triatlo da…