Cidades

Cerimonialistas farão manifestação contra decisão do governador no Shopping Jardins às 18h30

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A decisão do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, em suspender por duas semanas qualquer tipo de evento, causará um prejuízos enorme, não só às pessoas que  contrataram a festa, como  para os cerimonialistas que trabalharam na organização. Esse é o entendimento do cerimonialista Vailton Linhares que, hoje, às 18h30, promove um ato público no Shopping Jardins,  contra a decisão do governador.  “Será um ato pacífico”, garante.

Vailton Linhares disse que, somente neste final de semana, iriam acontecer em Sergipe uma média de 10 eventos e garantiu que todos trabalharam para seguir as normas sanitárias em função da Covid-19. Uma das festas é um casamento que ocorreria no sábado. “Os noivos estavam há um ano economizando e já investiram cerca de R$ 68 mil na festa. Para você ter uma ideia, somente com as flores naturais o gasto foi de R$ 5 mil. Quem vai arcar com esse prejuízo?”, questionou.

Mesmo preocupado com a Covid-19, Linhares acredita que a decisão do governador é mais política do que qualquer outra coisa. “Na semana passada teve a inauguração do mercado em Itabaiana, com aglomeração. Quer dizer que essa festa estava liberada e para nós  não está?”, ponderou.

“A nossa classe não está indo de encontro às questões sanitárias. Estamos buscando o direcionamento sobre quem vai custear o investimento que foi feito, com relação aos eventos desse final de semana. Estamos às vésperas do evento. A parte de planejamento já foi feita, estamos na fase de execução. Quem tem que arcar com esse prejuízo é o cliente final? O governador não teve a sensibilidade de saber que há um investimento e uma geração de prejuízos. Se for o caso, a gente manda as notas e o governo do Estado custeia os prejuízos”, desabafou.

Falta planejamento

Para o presidente da Associação União dos Profissionais de Eventos de Sergipe, Sandro Brasil, faltou planejamento do governador ao decidir pela suspensão dos eventos nessas duas semanas. “Ele não tem compromisso com ninguém. Quando não se tem um planejamento, ninguém sabe o que fazer. Ele tem que entender que o povo tem contas a pagar, o povo come, tem família”, afirmou Brasil.

“O vírus existe,  mas o povo merece respeito. Não pode chegar da noite para o dia e fechar. Se eu fosse o governador, baixaria o decreto fechando, mas assumindo o pagamento do aluguel, da conta de energia, ou seja, dava subsídios para as pessoas ficarem em casa. Imagine a pessoa que paga pensão alimentícia e não vai ter de onde tirar. Vai preso”, observou.

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Antonio Carlos Garcia

Editor do Portal Só Sergipe

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