sábado, 05/10/2024
O preço no quilo do feijão teve queda de -3,68% em Aracaju Foto: Agência Embrapa

Cesta básica de Aracaju segue como a mais barata do país pelo 34º mês consecutivo

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A cesta básica de Aracaju segue com a mais barata do país, pelo 34º mês consecutivo, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada hoje. Em abril, a cesta custava R$ 582,11, entretanto, observa-se uma variação de -0,44% em maio, passando a custar R$ 579,55.

Comparando maio de 2023 e maio de 2024, há  um aumento nos preços dos alimentos, com uma variação de 4,66%. A média do tempo de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta em Aracaju é de 90 horas e 18 minutos, correspondendo a 24 minutos a menos que o mês anterior (90 horas e 42 minutos).

Ademais, comparando o custo da cesta com o salário-mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), é possível notar que a compra dos produtos compromete 44,37% deste salário. O percentual do mês anterior foi de 44,57%.

A capital sergipana se destacou ao apresentar aumento nos preços do café (6,61%) e queda nos preços do feijão (-3,68%). Apesar de a colheita brasileira de café está avançando de forma satisfatória, a pressão de alta nos preços persiste devido às incertezas no cenário internacional, impactando o custo do grão nas prateleiras nacionais. Isso se dá porque o Vietnã, principal produtor mundial de café robusta, enfrenta escassez de estoques e condições climáticas adversas, fazendo com que os compradores internacionais direcionem seu interesse para o café brasileiro.

Brasil

O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 11 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre abril e maio de 2024, as elevações mais importantes ocorreram em Porto Alegre (3,33%), Florianópolis (2,50%), Campo Grande (2,15%) e Curitiba (2,04%). Já as principais quedas foram registradas em Belo Horizonte (-2,71%) e Salvador (-2,67%).

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 826,85), seguida por Porto Alegre (R$ 801,45), Florianópolis (R$ 801,03) e Rio de Janeiro (R$ 796,67). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 579,55), Recife (R$ 618,47) e João Pessoa (R$ 620,67).

A comparação dos valores da cesta, entre maio de 2023 e 2024, mostrou que quase todas as cidades tiveram alta de preço, exceto Goiânia (-0,05%). As elevações variaram entre 2,53%, em Vitória, e 6,84%, em João Pessoa. Nos cinco meses de 2024, o custo da cesta básica aumentou em todas as cidades, com destaque para as variações do Nordeste: Natal (15,11%), Recife (14,94%), João Pessoa (14,45%), Fortaleza (12,61%), Aracaju (12,04%) e Salvador (11,10%).

Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário-mínimo necessário. Em maio de 2024, o salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.946,37 ou 4,92 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. Em abril, o valor necessário era de R$ 6.912,69 e correspondeu a 4,90 vezes o piso mínimo. Em maio de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.652,09 ou 5,04 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.320,00.

 

 

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